25 mil pessoas poderão ter que mudar de estado no Ceará; saiba o motivo

Um conflito regional entre os estados do Ceará e do Piauí pode fazer com que milhares de pessoas tenham que deixar suas unidades federativas. Neste momento, a questão está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) e envolve até o Exército Brasileiro. Ao todo, são 13 municípios impactados pelo caso. Saiba mais detalhes.

Conflito regional pode fazer com que pessoas deixem seus estados no Ceará

O governo do Piauí entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que 13 municípios cearenses sejam considerados do seu território. O Piauí alega que o Ceará teria invadido suas divisas no passado. Se o pedido for acatado, 25 mil cearenses deverão mudar de estado, tornando-se piauienses.

“Sou cearense da gema. Cresci, estudo e trabalho na mesma cidade onde nasci e espero que isso não mude nunca, porque será difícil aceitar”, é o que afirma a professora Renata da Silva Passos, que nasceu no Ceará, que vive no município de Tianguá há 34 anos e que não deseja ter que mudar do seu estado.

A ministra Carmen Lúcia, que é a relatora do caso, já pediu ao Exército Brasileiro para efetuar uma perícia no local para determinar a quem pertencem todos esses municípios. Até o momento, ainda não há uma data para o julgamento.

Além de Tianguá, de 81.656 habitantes, e Crateús, de 75.394, também serão afetadas Poranga (12.003), Viçosa do Ceará (60.889 habitantes), Granja (52.670), São Benedito (48.354), Guaraciaba do Norte (42.063), Ipueiras (36.751), Ubajara (31.792), Ibiapina (25.165), Croatá (17.802) e Carnaubal (16.746).

Já oito cidades do Piauí também seriam impactas e seus moradores passariam a viver no Ceará. São eles: Pedro II (38.778 habitantes), Luís Correia (30.641), Piracuruca (28.874), Cocal (28.212), São Miguel do Tapuio (17.639), Buriti dos Montes (8.286), Cocal dos Alves (6.386), além de São João da Fronteira (5.522).

Imagem: Reprodução/Cid Barbosa