Café de açaí regulamentado no Pará? Saiba mais sobre o assunto

Pesquisadores das universidades Federal do Pará (UFPA), Estadual do Pará (UEPA) e Federal Rural da Amazônia (UFRA) realizaram uma reunião na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) nesta terça-feira (18) para discutir a regulamentação e a liberação da venda de café de açaí nos centros comerciais do estado.

Durante o encontro, foi estabelecido um prazo de até quatro meses para que esse café seja autorizado a ser comercializado. Além dos pesquisadores, a reunião contou com a participação de representantes do setor produtivo, bem como de órgãos de fiscalização e controle. O objetivo principal do encontro foi acompanhar o progresso dos estudos em curso.

As instituições estão dedicadas não somente em garantir a certificação de sua adequação para o consumo humano, como também em buscar as melhores formas de armazenamento para esse produto. Essa precaução se deve ao fato de a bebida ser uma novidade, sem histórico científico que comprove sua segurança. Saiba mais!

Pesquisa

A pesquisa revela dados animadores para os produtores, especialmente sobre a melhor forma de armazenamento do café de açaí. Segundo Diego Aires, professor da UEPA, essas informações são muito bem-vindas pelos comerciantes, que há tempos sentiam a necessidade de um armazenamento adequado.

Nas próximas semanas, a ênfase dos estudos se concentrará nas análises bioquímicas. No entanto, para possibilitar isso, é crucial que as instituições parceiras liberem os recursos financeiros necessários. “A gente pode dizer que já teremos os resultados em breve”, informou Diego.

“Do ponto de vista que vemos hoje, acredito que em quatro meses vamos conseguir chegar na Adepará e demais órgãos para mostrar os dados técnicos. A partir disso, eles vão decidir dentro dos parâmetros que vamos fornecer. É um alento para os produtores”, finalizou.

Produção do produto

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras de Café de Açaí (Abica), Orlando Nascimento da Silva, relembra os desafios enfrentados pelo setor em março de 2022, quando um memorando da vigilância sanitária ocasionou o fechamento das fábricas do Pará.

Ele destaca que mais de cinquenta fabricantes foram removidos dos supermercados na região da Grande Belém e do interior, o que prejudicou significativamente o trabalho dos funcionários.

“Mais de mil pessoas ficaram desempregadas. Junto ao governo do estado estamos tentando regularizar primeiro o Pará, através da Adepará, e depois a nível nacional, pelo Mapa [Ministério da Agricultura e Pecuária]”, comentou.

Imagem: Reprodução/Freepik