Quatro das dez cidades mais endividadas do Brasil ficam no Pará; veja quais
Quatro das dez cidades mais endividadas do Brasil estão localizadas no estado do Pará, mesmo recebendo por volta de R$ 15,6 milhões em emendas Pix empenhadas desde o início deste ano. Advogado tributarista aponta o mal uso desse dinheiro público por falta de mais transparência.
No ranking, o município de Cametá aparece na primeira colocação. Juntos, as quatro cidades paraenses têm mais de R$ 1 bilhão em dívidas acumuladas com a União. Confira quais são as cidades paraenses mais endividadas e saiba mais detalhes.
As 4 cidades paraenses mais endividadas
Dos dez municípios brasileiros que possuem mais dívidas com a União, quatro estão localizados no estado do Pará. Os quatro municípios juntos têm R$ 1.167,3 bilhão em dívidas acumuladas.
Veja a seguir o ranking das cidades paraenses mais endividadas:
- Cametá;
- Marituba;
- Almeirim;
- Moju.
Emendas não são usadas para o abatimento de dívidas
Vale ressaltar que, entre janeiro e julho deste ano, foram enviados R$ 15,6 milhões em emendas Pix empenhadas para as cidades mencionadas. No entanto, o advogado tributarista Américo Ribeiro afirma que não é comum a utilização dessa emenda para abater dívidas, mas para a estruturação do município.
“O orçamento da nossa capital, Belém, não é compatível com a necessidade e grau de investimentos que se tem. Então, se não pleitear recursos para o governo do estado e federal, não consegue gerenciar e nem implementar as políticas públicas necessárias para atender saúde, educação, administração”, explica.
Além disso, o advogado aponta que, como essa emenda é diretamente transferida para o município, o mal uso desse dinheiro público é, muitas vezes, causado pela falta de transparência e de prestação de contas.
“A grande crítica das emendas Pix é essa falta de transparência. Muita gente considera que elas são um verdadeiro cheque em branco. Muitas vezes, elas são liberadas em vésperas de votações importantes e utilizadas como uma manobra do poder executivo para conseguir apoio”, aponta.
Imagem: Reprodução/Freepik