Qualidade de vida da Bahia é a pior do Nordeste? Veja resultado de pesquisa
A queda mais acentuada no Ranking de Competitividade dos Estados, produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), foi registrada na Bahia, conforme revelado no relatório da última quarta-feira (23). Em relação aos dez indicadores avaliados no estudo, somente dois mostraram melhorias, resultando em uma queda livre da 17ª posição ocupada no ano anterior para a menos destacada 24ª colocação.
Além das considerações econômicas, os elementos fundamentais submetidos à análise indicam uma situação desafiadora: a degradação da qualidade de vida no estado, que agora figura como a mais precária em comparação com outros estados do Nordeste.
Bahia possui os piores índices do Nordeste
O estado foi impactado principalmente nos quesitos de capital humano, eficiência da máquina pública, inovação e potencial de mercado, os quais contribuíram significativamente para a sua posição desvantajosa na extremidade inferior do ranking. Assim, a Bahia se posiciona como detentora da competitividade mais baixa em comparação com os outros estados do Nordeste.
Conforme indicado pelo estudo, o estado da Bahia se depara com o mais baixo índice de capital humano em âmbito nacional. Dentro dessa categoria, fatores como o nível educacional da força de trabalho, os aspectos relacionados à inserção no mercado de trabalho e suas repercussões na produtividade econômica estão abrangidos.
Além disso, a Bahia apresenta a pior taxa de inserção econômica no país. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao segundo trimestre deste ano, apenas 86,6% da população em idade produtiva na Bahia está empregada, o que significa que mais de 928 mil indivíduos estão sem ocupação.
Segurança pública
A segurança pública surge como um desafio contínuo para o governo estadual baiano. Entre os anos de 2022 e 2023, a Bahia manteve-se na 23ª posição nesse aspecto, ficando atrás de outros estados da mesma região, como Paraíba (3º), Maranhão (7º) e Ceará (16º).
Os indicadores referentes a prisões sem condenação e casos de mortes sem solução agravaram-se. Apenas no primeiro semestre de 2023, o Instituto Fogo Cruzado registrou um total de 792 tiroteios resultando em 598 óbitos na capital baiana e sua região metropolitana. A Bahia também alcançou um recorde de 31 mortes em ações policiais em uma semana.
Por fim, no mês de agosto, a Bahia foi classificada como o sexto estado com menor transparência em relação às estatísticas sobre armamento. A deficiência na oferta de informações confiáveis acerca da criminalidade também contribui para a classificação da Bahia no campo da segurança pública.
Imagem: Joá Souza/GOVBA