Aquecimento global: como lidar com os impactos dos eventos extremos
O ano de 2023 foi considerado o mais quente já registrado na história, com ondas de calor extremo registradas em todo o país. Segundo um professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), esses eventos serão cada vez mais frequentes e o Recife será uma das cidades mais impactadas no Brasil.
Entenda o cenário de aquecimento global.
Com aquecimento global, eventos climáticos extremos serão mais comuns
Com o avanço do aquecimento global, são cada vez mais frequentes a ocorrência de eventos climáticos extremos, como ondas de frio, calor, enchentes. Mas, mesmo depois do ano mais quente já registrado na história, o que pesquisadores têm demonstrado é que esses eventos serão ainda mais comuns no futuro.
De acordo com Ulysses Paulino de Albuquerque, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), “a tendência, pelos estudos e modelos climáticos, é que eles se tornem mais frequentes e intensos. Isso implica em dizer que não há mais como remediar”.
E a capital pernambucana pode ser impactada de maneira intensa com as mudanças climáticas. De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o Recife é a 16ª cidade no mundo mais vulnerável ao avanço do oceano.
Além disso, o professor reforça que as consequências não serão apenas no aumento de catástrofes, como enchentes e deslizamentos. Segundo ele, até a saúde e a alimentação poderão ser impactadas, já que doenças inexistentes em uma região poderão surgir com o aumento das temperaturas ou das chuvas.
Nesse sentido, para Ulysses, a solução para esse cenário não pode ser individual, mas envolver diversos agentes e ações. “Eu não consigo ver como um problema que se resolve de forma individual, ele precisa ser hierarquizado. É preciso que se vejam estratégicas políticas para que possamos lidar com isso”, disse.
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