TikTok banido? Lei aprovada pode remover aplicativo de lojas nos Estados Unidos
Recentemente, uma reviravolta no mundo das redes sociais chamou a atenção. A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou uma lei que, se implementada, banirá definitivamente o TikTok do país. O aplicativo, que pertence à empresa chinesa ByteDance, poderá ser excluído do mercado americano se não houver mudança em relação à administração do mesmo.
Decisão sobre a situação do TikTok ainda está em aberto
O fato de o projeto de lei ter recebido 352 votos a favor e apenas 65 contra não significa necessariamente que o TikTok será banido instantaneamente. A lei precisa passar pela análise do Senado e também aguardar a aprovação do presidente Joe Biden. Até o momento, Biden demonstrou ser a favor da lei durante conversas na última semana.
Vale ressaltar que essa lei não visa apenas o TikTok, elavido ela atualiza diretrizes em relação a “aplicativos controlados por adversários estrangeiros“. De acordo com um porta-voz do TikTok em resposta à aprovação do projeto: “Esperamos que eles percebam o impacto na economia, em 7 milhões de pequenas empresas e nos 170 milhões de americanos que usam nosso serviço“.
China intensifica ações contra os EUA
Em meio a essa conturbada situação, o governo da China decidiu “expulsar” qualquer tecnologia dos Estados Unidos do seu território. Segundo o The Wall Street Journal, a iniciativa foi batizada de “Delete America”. A medida faz parte da intensa guerra comercial entre os EUA e a China que tem como foco a hegemonia tecnológica global.
Os últimos acontecimentos não impediram o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, de anunciar que a China planeja ampliar em 10% seus gastos com ciência e tecnologia. Esse aumento coloca os recursos destinados ao setor na faixa de US$ 51 bilhões (R$ 254 bilhões) em 2023, um aumento considerável em relação à alta de 2% registrada em 2023.
Essa estratégia pode reduzir a dependência de tecnologia estrangeira ao mesmo tempo em que impulsiona o setor doméstico na China. Nesse sentido, o governo chinês está orientando todas as empresas estatais a substituírem softwares estrangeiros por programas nacionais até 2027.