Contas de energia ficam mais caras no Ceará a partir deste mês

A partir de outubro, os cearenses enfrentarão um aumento na tarifa de energia elétrica. Tanto residências quanto estabelecimentos comerciais pagarão R$ 7,877 a mais por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Essa alteração ocorre devido à ativação da bandeira vermelha patamar 2, a mais severa na política de bandeiras tarifárias, refletindo os desafios no setor energético e impactando diretamente o bolso dos consumidores. É um momento para que todos estejam atentos ao consumo e busquem formas de economizar energia.

Bandeira vermelha patamar 2 no Ceará

Em setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a mudança na bandeira tarifária, mudando do patamar 2 da bandeira vermelha para o patamar 1. Essa alteração trouxe um alívio parcial nas contas de energia, com um custo extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh, 76% mais barato que o patamar 2.

O Governo Federal justificou que o reajuste tem como objetivo custear o acionamento das usinas termoelétricas, cujo custo de geração é mais alto que o das hidrelétricas. Além disso, busca incentivar a redução do consumo de energia, diante dos baixos níveis dos reservatórios de água, os menores em mais de três anos.

Como a mudança na bandeira tarifária afeta o consumidor?

A alteração da bandeira tarifária nas contas de luz foi motivada por uma correção no Programa Mensal de Operação (PMO), gerido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Essa correção levou à substituição da bandeira vermelha 2 pela bandeira vermelha 1. Devido a isso, o aumento previsto inicialmente de 15% nas contas de luz dos cearenses será menor.

Para as contas que já foram faturadas com a bandeira vermelha 2, a devolução da diferença será feita até o segundo ciclo posterior à constatação do ajuste, conforme a Resolução Normativa 1000, artigo 323, parágrafo 3°.

Diferenças entre as tarifas

  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia, não há custo extra.
  • Bandeira amarela: condições menos favoráveis, a tarifa é de R$ 18,85 por MWh utilizado ou R$ 1,88 a cada 100 kWh, após uma redução de 37% em relação ao valor anterior.
  • Bandeira vermelha patamar 1: condições desfavoráveis, a tarifa é de R$ 44,63 por MWh utilizado ou R$ 4,46 a cada 100 kWh, reduzindo 31% do valor anterior.
  • Bandeira vermelha patamar 2: condições muito desfavoráveis, a tarifa é de R$ 78,77 por MWh ou R$ 7,87 a cada 100 kWh, com uma redução de 20% em comparação ao valor anterior.

Em março, a Aneel aprovou a redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias, justificando que as condições dos reservatórios de água permitiam essa adequação nos preços. Apesar das reduções, é crucial entender que os valores das bandeiras coloridas são reflexos das condições de geração de energia no país e podem variar conforme a situação dos reservatórios e outras fontes de energia.

A mudança na bandeira vermelha, de patamar 2 para patamar 1, também deve ser vista como uma medida de precaução. Ela visa ajustar as receitas para cobrir o custo das usinas termoelétricas, que são acionadas durante períodos de baixa nos reservatórios hidrelétricos, além de incentivar o consumo consciente de energia pelos brasileiros.