Anvisa proibiu venda de famosa marca de leite em pó no Brasil
Em janeiro de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma medida preventiva importante ao proibir a comercialização do suplemento infantil Nutramigen LGG no Brasil. Fabricado pela Reckitt/Mead Johnson Nutrition nos Estados Unidos, o produto é amplamente utilizado na alimentação infantil. A suspensão ocorreu após uma suspeita de contaminação bacteriana envolvendo os lotes do produto.
A decisão da Anvisa teve origem em um comunicado emitido pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA. O alerta dos americanos foi em virtude da possível contaminação por Cronobacter sakazakii, uma bactéria que pode representar sérios riscos à saúde, especialmente em recém-nascidos. Diante dessa suspeita, foi recomendado um recolhimento voluntário dos lotes potencialmente afetados.
Os lotes identificados com risco de contaminação possuem os códigos de barras 300871239418 ou 300871239456, com validade prevista até janeiro de 2025. Embora a venda desses lotes tenha sido proibida no Brasil, é importante notar que, segundo a Anvisa, não houve importação de nenhum desses lotes para o país. Abaixo estão os códigos dos seis lotes afetados:
- ZL3FHG
- ZL3FMH
- ZL3FPE
- ZL3FQD
- ZL3FRW
- ZL3FX
Riscos oferecidos pela bactéria
A bactéria Cronobacter sakazakii pertence ao grupo Cronobacter spp. É notória pelo risco significativo que representa para recém-nascidos, particularmente os de baixo peso, prematuros ou com sistemas imunológicos comprometidos. Essas crianças, que frequentemente requerem atenção em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, são especialmente vulneráveis a infecções.
Infecções por esta bactéria podem resultar em condições sérias, como meningite, enterocolite necrosante, bacteremia e septicemia. Além disso, as complicações provenientes da infecção podem ocasionar sequelas permanentes e apresentam elevadas taxas de mortalidade dentro desses grupos de risco. A Anvisa, em sua nota informativa, ressalta a gravidade das infecções causadas por este agente patógeno.
Embora a medida tomada no Brasil tenha sido preventiva, a FDA assegurou que os lotes contaminados foram de fato distribuídos em diversos países, incluindo Argentina, Bélgica, Belize, Canadá, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Irlanda, Israel, Jamaica, México, Nicarágua, Peru, Polônia, Espanha, Reino Unido e Venezuela.