Pesquisa elegeu as piores estradas do Brasil, e todas estão no Nordeste

O Nordeste do Brasil, conhecido por suas belezas naturais e rica cultura, enfrenta um desafio significativo quando se trata da qualidade de suas estradas. De acordo com a pesquisa mais recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), concluída no final de 2024, as dez piores rodovias do país estão localizadas nesta região. Esses trechos foram classificados como “péssimos” em critérios como estado geral, pavimento, sinalização e geometria.

Os resultados da pesquisa destacam que cinco dessas rodovias estão no Rio Grande do Norte, quatro em Pernambuco e uma na Bahia. Todas são estradas estaduais, o que significa que são administradas pelos governos estaduais.

Quais são as piores estradas do Nordeste?

A pesquisa da CNT identificou os seguintes trechos como os mais problemáticos:

  • BA-523: De Maracangalha até São Sebastião do Passé KM 22
  • PE-082: De Timbaúba até Itambé KM 21
  • PE-096: De Barreiros até Palmares KM 50
  • PE-130: De Taquaritinga do Norte até Vertentes KM 19
  • PE-545: De Exu até Ouricuri KM 76
  • RN-023: Da divisa com a Paraíba até Touros KM 40
  • RN-079: De Rafael Fernandes até Água Nova KM 33
  • RN-104: De Macau até Jaçanã KM 22
  • RN-118: De Caicó até São João do Sabugi KM 73
  • RN-177: De São Miguel até Pau dos Ferros KM 44

A pesquisa da CNT é um esforço abrangente que combina análise visual em campo, captura de imagens em vídeo e avaliação por algoritmos de inteligência artificial. Este método detalhado permite um mapeamento preciso das condições das estradas, fornecendo dados essenciais para o planejamento de rotas e identificação de deficiências na malha rodoviária.

O objetivo principal da pesquisa é fornecer informações atualizadas que possam auxiliar no desenvolvimento de projetos privados e programas governamentais. A intenção é promover melhorias significativas nos segmentos rodoviários de cargas e passageiros, impulsionando o desenvolvimento econômico e social da região.

O levantamento da CNT também faz uma distinção clara entre estradas públicas e aquelas concedidas à iniciativa privada. Atualmente, 74,8% da malha rodoviária é gerida pelo poder público, com apenas 2,7% dessa extensão classificada como “ótima”. A maioria das estradas públicas é avaliada como “boa” (20%), “regular” (43,7%) ou “ruim” (25,9%), enquanto 7,7% são consideradas “péssimas”.

Por outro lado, as estradas privadas, que representam 25,2% da malha, apresentam uma condição significativamente melhor. Destas, 21,4% são classificadas como “ótimas”, 41,7% como “boas”, 30,8% como “regulares”, 5,7% como “ruins” e apenas 0,4% como “péssimas”.