Documentário Vento Agreste retrata danos causados em Pernambuco por usinas eólicas
O Nordeste é a região do Brasil que apresenta maior potencial para produzir energia elétrica através de ventos. O documentário Vento Agreste retrata os danos causados em Pernambuco pelas usinas eólicas e apoia a luta pela retratação dos direitos violados.
O conteúdo foi produzido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) em parceria com o Instituto Mãe Terra, a equipe de Residência em Saúde Coletiva e Agroecologia da Universidade de Pernambuco (UPE) e o Fundo Casa Socioambiental voltada aos agricultores.
Vento Agreste: documentário sobre os danos das usinas eólicas em Pernambuco
O agente da CPT, João Paulo do Vale, foi o diretor e roteirista do documentário Vento Agreste. O objetivo do filme é alcançar mais pessoas e denunciar os danos causados no estado.
As gravações do documentário foram feitas em 2022, entre julho e outubro, e foram realizadas por organizações envolvidas na escuta, registro, formação e acompanhamento dos danos das usinas eólicas.
O Vento Agreste foi disponibilizado no canal do Youtube do CPT Nordeste 2 no dia 6 de abril. A filmagem conta sobre a vida dos moradores das comunidades que perderam seus mundos com a chegada das usinas eólicas. Assim, o documentário denuncia como essas usinas, que aparentam ser benéficas devido a sua característica sustentável, na verdade, podem agir como instrumentos de violência contra as famílias que vivem nessas comunidades.
Isso porque essas comunidades acabam sendo vítimas de apropriação de território, doenças psicológicas como depressão e ansiedade, suas casas, após certo tempo, apresentam rachaduras, seus animais apresentam doenças, entre outras consequências.
Então, o conteúdo serve para denunciar os danos das usinas eólicas e alertar as comunidades que vivem em regiões onde são de interesse desse tipo de empreendimento, principalmente no Sertão e Agreste do estado de Pernambuco.
Os moradores da região só desejam que mais ninguém passe por essa situação e apontam o documentário como uma forma de desabafo pelos direitos violados.
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