Agências do Banco do Brasil no Ceará estão sem atendimento; entenda o motivo
Desde a madrugada desta segunda-feira (16), as agências do Banco do Brasil no Ceará estão sem atendimento. Os bancários decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado como forma de luta por melhores condições de trabalho. A paralisação afeta diversas cidades, exceto algumas regiões fora da base sindical, como Iguatu, Sobral, Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.
Marcos Saraiva, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, informou que, na capital Fortaleza, são 26 unidades paralisadas. No restante do estado, aproximadamente 70 agências estão sem funcionamento. No domingo à noite, os grevistas já estavam adesivando as agências com avisos sobre a paralisação.
Greve dos bancários do Banco do Brasil
A decisão pela greve foi tomada em uma assembleia realizada na quinta-feira, 12 de setembro, de forma híbrida, tanto presencialmente na sede do sindicato quanto online pela plataforma Zoom. Um total de 1.046 bancários participou da votação através do sistema VotaBem, resultando em:
- 57,93% votaram a favor da greve
- 37,76% votaram contra a greve
- 4,3% se abstiveram
Com a aprovação, iniciou-se a contagem das 72 horas prévias até a deflagração oficial da greve, conforme estipula a legislação.
Motivações da greve
Os bancários reivindicam melhores condições salariais, segurança no ambiente de trabalho e outros direitos trabalhistas que consideram fundamentais. A greve é uma tentativa de pressionar o Banco do Brasil a atender suas demandas, que incluem ajustes salariais e benefícios que garantam melhor qualidade de vida e segurança para os funcionários.
Com aproximadamente 70 agências fechadas em todo o estado, a greve representa uma interrupção significativa nos serviços prestados pelo banco, afetando principalmente os clientes que necessitam de atendimento presencial para realizar transações bancárias, como saques, depósitos e empréstimos. Os clientes são aconselhados a utilizar canais digitais ou procurar outras instituições enquanto a greve persiste.
Acordo Coletivo com a Caixa Econômica Federal
Enquanto isso, a Caixa Econômica Federal conseguiu aprovação para seu Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). As assembleias foram realizadas nos dias 4, 5, 11, 12 e 13 de setembro, e a assinatura do ACT ocorrerá nesta segunda-feira, 16 de setembro, em São Paulo. Esse acordo inclui importantes conquistas para os empregados, como a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), que será paga a partir de amanhã.
O acordo com a Caixa Econômica Federal garante a manutenção de direitos adquiridos ao longo dos anos, como a participação nos lucros e resultados. “Agora que o acordo foi aprovado, resta a assinatura do documento para assegurar esses direitos”, afirmou Eliana Brasil, diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Rafael de Castro, também da Contraf-CUT, enfatizou a importância da PLR para os trabalhadores, que será paga prontamente após a assinatura do acordo.
Outros acordos aprovados
Recentemente, também foram aprovados acordos coletivos de trabalho com outros bancos. A renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) proposta pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi aprovada com 2.193 votos favoráveis no Ceará. A votação ocorreu via sistema Vota Bem e durou 24 horas.
Além disso, as propostas de Acordo Coletivo de Trabalho dos bancos privados e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) também foram aceitas. No caso do BNB, 1.209 bancários participaram da votação, resultando em 930 votos a favor da assinatura da CCT.