Além do acarajé, Rio de Janeiro já tentou se apropriar de vários ícones da Bahia; saiba quais

O Estado do Rio de Janeiro resolveu transformar o acarajé em um patrimônio cultural, o que levantou a discussão a respeito da apropriação de elementos da cultura baiana. Sendo assim, veja quais outros ícones da Bahia que foram apropriados pelos fluminenses e entenda a relevância de Salvador na história.

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Samba e carnaval são ícones baianos apropriados pelo Rio de Janeiro ao longo do tempo

O samba é um dos elementos da cultura baiana que foram apropriados pelo Estado do Rio de Janeiro. Isso porque, geralmente, o ritmo está relacionado com os fluminenses, mas, na verdade, a sua origem remete ao Recôncavo Baiano. Sendo assim, o samba do Rio é uma adaptação do iniciado na Bahia.

Além disso, o carnaval também é uma festa popular baiana, mas que é mais um dos ícones a serem apropriados pelo Rio de Janeiro. Uma evidência é o fato de que o estado fluminense fica repleto de trios elétricos, de origem baiana, provando que elementos da festa foram levadas da Bahia para o Rio.

Por fim, também vale mencionar a confusão provocada pela revista Veja, quando, em 2021, entregou o prêmio de “Carioca do Ano” para Gilberto Gil, um dos ícones da cultura brasileira. No entanto, o artista nasceu em Salvador, na Bahia, em 1942. Na publicação, destacava-se o fato de ele ser radicado no Rio.

Nesse sentido, o historiador Rafael Dantas destaca a importância de Salvador como a grande metrópole das Américas nos séculos 16 e 17, comparando com o Rio.

“Salvador era a evidência da América Portuguesa, um dos principais portos do mundo, o centro político, religioso e econômico. Já o Rio vinha em segundo lugar, se destacando pela descoberta de ouro em Minas. Além disso, aquela região ao sul era estratégica para manter o controle da colônia”, ressalta.

Imagem: Divulgação/Acarajé da Cira