Apagão gera prejuízo de mais de R$ 2 milhões na Bahia; entenda o motivo

O blecaute nacional ocorrido na última terça-feira (15), com uma duração superior a 6 horas, resultou em um prejuízo estimado de R$ 2,2 milhões para o setor comercial da Bahia, de acordo com informações compartilhadas pelo consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) do estado, Guilherme Dietze.

Foi direcionada uma análise a segmentos que estão diretamente associados a compras por impulso. Nesse contexto, o faturamento por hora testemunhou uma redução em potencial durante o período de apagão. Em uma faixa específica do dia, as atividades de compra foram suspensas temporariamente.

Apagão na Bahia prejudicou diversos setores

O apagão ocorreu em diversos estados brasileiros, devido a uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional que interrompeu 16 mil MW de carga.

Na Bahia, o episódio de interrupção no fornecimento de energia elétrica teve início às 8h31, de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A restauração gradual se iniciou por volta das 10h20. A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) informou que aproximadamente 30% dos clientes já tiveram seus serviços de energia restabelecidos.

O levantamento conduzido pela entidade apontou que diversos setores foram afetados, abrangendo supermercados, farmácias, lojas de vestuário, bem como outras atividades, tais como artigos esportivos e estabelecimentos voltados para produtos alimentícios. Esse cenário resultou em um impacto potencial de perdas de vendas na ordem de R$ 2,2 milhões na Bahia.

Conforme esclarecido pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), a totalidade dos municípios do estado foi afetada pela ausência de fornecimento de energia elétrica durante o incidente.

Mais apagões pela frente

Segundo o jornalista Genildo Lawins, o episódio recente de blecaute não será o único nos anos vindouros. Ele antecipa a ocorrência de apagões nos anos de 2024, 2026, 2030 e em outros momentos subsequentes e “lamentavelmente o Brasil todo vai sofrer com isso”.

O autônomo Luan Moreira enfatizou que será a população quem, em última instância, suportará o ônus desse prejuízo. As dúvidas que surgem se concentram na forma pela qual essa perda será distribuída e repassada para os cidadãos.

Imagem: Reprodução/Estadão Conteúdo