Áreas de seca voltam a surgir no Ceará após quatro meses

Conforme o mapa divulgado pelo Monitor de Secas, referente ao mês de julho, regiões do Ceará voltaram a enfrentar períodos de seca fraca. O estudo ressalta que, após um intervalo de quatro meses sem registros de cenários de seca, o estado agora tem cerca de 33,73% do seu território impactado pelos efeitos da estiagem.

A análise mais recente destaca que a piora nos indicadores pode ser atribuída principalmente à redução habitual das precipitações durante o segundo semestre.

Impactos da seca fraca

Os efeitos da seca fraca impactam diversas áreas do estado, incluindo as Regiões da Ibiapaba, Sertão dos Inhamuns, Vale do Jagueribe e determinadas faixas do litoral cearense. Contrastando com o cenário observado em julho de 2022, quando a seca fraca estava concentrada no Sertão dos Inhamuns e em parte do Sertão Central.

A seca fraca traz consigo a possibilidade, segundo o Monitor de Secas, de redução nas atividades de plantio, no crescimento de culturas ou pastagens, além de um prolongamento de déficits hídricos.

O Monitor de Secas também aponta que as regiões classificadas como “sofrendo com seca fraca” estão distribuídas em áreas ao longo do litoral e, principalmente, nas regiões da Ibiapaba, Sertão Central e Inhamuns.

Chuvas dentro da média

Após a conclusão do período de chuvas no Ceará, que abrange principalmente os meses de fevereiro a maio, o estado registra uma diminuição nas ocorrências de precipitação. Durante junho e julho deste ano, que é conhecido como o período Pós-Estação, as chuvas permaneceram em linha com as médias históricas, embora tenham apresentado um desvio negativo de 28,9%.

Essas informações provêm da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Seca persistente

Nesse cenário, o mês de julho deste ano marcou o quarto mês consecutivo em que o Ceará não registrou condições de seca relativa, de acordo com as informações fornecidas no mapa mais recente do Monitor de Secas.

Segundo Francisco Vasconcelos Júnior, pesquisador da Funceme, a situação de seca se origina principalmente das chuvas ocorridas durante os primeiros meses deste semestre.

Imagem: Celso Tavares/G1