Aumento assustador de golpes eletrônicos gera alerta para população do Pará

De acordo com os dados divulgados pelo Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o ano de 2022 registrou um recorde preocupante de 1.819.409 ocorrências de estelionato em todo o país. Esses números representam uma média de 207,7 casos registrados por hora.

Analisando apenas os golpes eletrônicos, o total alcançou 200.322 ocorrências em 2022, um aumento de 65,2% em relação a 2021. No Pará, esses casos também apresentaram um crescimento alarmante. Em 2021, foram contabilizados 2.344 registros, mas esse número saltou para 12.988 em 2022, representando um aumento de 451,1%.

Cuidado com os golpes eletrônicos!

Os estudos realizados também evidenciam que o aumento do uso da internet e das redes sociais durante a pandemia proporcionou um vasto campo de oportunidades para os criminosos virtuais. Os criminosos têm se aproveitado de fatores situacionais para diversificar os métodos de ataque e empregar técnicas de “engenharia social”.

Um exemplo comum é o “Golpe de Engenharia Social com o WhatsApp”. Tornou-se frequente receber mensagens de pedidos de transferências via Pix de alguém que se faz passar por um familiar. O criminoso inicia o processo escolhendo uma vítima e utilizando suas fotos disponíveis em redes sociais.

Em seguida, ele obtém os números de contato da pessoa e, utilizando um novo número, o criminoso envia mensagens para amigos e familiares da vítima, alegando que trocou de número. A partir desse ponto, ele solicita uma transferência via Pix com a justificativa de uma suposta urgência.

Golpes comuns

  • Falso Motoboy: o golpista se passa por um atendente do banco e afirma que o cartão do cliente foi fraudado, solicita a senha e instrui o cliente a cortar o cartão e deixar o chip intacto para que um motoboy retire o cartão na residência. Com o chip em funcionamento, o golpe é aplicado e o dinheiro da vítima é roubado;
  • Troca de Cartão: é aplicado por vendedores golpistas. Eles ficam atentos quando o cliente digita sua senha na máquina e trocam o cartão original por outro semelhante ao devolvê-lo ao cliente. Com o cartão e a senha, os golpistas têm acesso à conta bancária da pessoa e podem realizar compras fraudulentas;
  • Link Falso: é uma forma de fraude que tem como objetivo obter informações confidenciais, como senhas e dados pessoais. Geralmente é realizado por meio de mensagens enviadas por e-mail, SMS, e aplicativos de mensagens, onde os golpistas induzem o usuário a clicar em links maliciosos.

Imagem: MTStock/GettyImages