Bahia e Pernambuco possuem as maiores taxas de desemprego do Brasil; saiba mais

O mercado de trabalho brasileiro em 2024 apresentou um cenário desafiador, conforme os dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas de desemprego variaram significativamente entre as diferentes regiões do país, destacando desigualdades persistentes em termos de emprego e renda. Bahia e Pernambuco, por exemplo, lideraram os índices de desemprego, com uma taxa de 10,8%. Já o Distrito Federal ficou logo atrás, com 9,6%.

Contrapondo essa realidade, Mato Grosso registrou a menor taxa de desemprego, de 2,6%, seguido por Santa Catarina e Rondônia. Estes números demonstram que, apesar de alguns estados enfrentarem altas taxas de desocupação, outros estão conseguindo melhores resultados na colocação de sua força de trabalho. No nível nacional, a média de desemprego foi registrada em 6,6%, sugerindo uma leve melhora no mercado de trabalho para algumas regiões.

A taxa de ocupação, que mensura a proporção de pessoas empregadas com 14 anos ou mais, também apresentou variações notórias entre os estados brasileiros. Em 2024, a média nacional de ocupação foi de 58,6%, com o Maranhão marcando a menor taxa de 47,3%. Por outro lado, Mato Grosso teve o maior nível de ocupação, alcançando 68,4%.

A informalidade continua a ser um tema central no mercado de trabalho brasileiro, afetando 39% dos trabalhadores. Regiões como Pará, Piauí e Maranhão registraram as maiores taxas de trabalho informal, enquanto Santa Catarina e o Distrito Federal conseguiram manter os índices mais baixos.

Distribuição de renda entre os estados

O rendimento médio dos trabalhadores no Brasil foi de R$ 3.225, com o Distrito Federal destacando-se por ter o maior rendimento médio de R$ 5.043. Outros estados como São Paulo e Paraná também se situam acima da média nacional. No entanto, estados como Maranhão, Ceará e Bahia tiveram rendas significativamente menores, refletindo as disparidades econômicas entre as regiões.

Entre o terceiro e quarto trimestres de 2024, a Região Sul foi a única a apresentar um aumento significativo no rendimento médio, enquanto as demais regiões mantiveram certa estabilidade. Na comparação com 2023, o Nordeste, Sudeste e Sul mostraram crescimento no rendimento, contrastando com a estagnação vivida em outras partes do país.

A desocupação no Brasil não é uniforme entre os diversos grupos demográficos. As diferenças de gênero são evidentes, com a taxa de desemprego sendo de 5,1% para homens e 7,6% para mulheres. No Nordeste, essa disparidade é ainda mais pronunciada. Também se observa uma diferença marcante entre grupos raciais, onde brancos enfrentam uma taxa de 4,9%, enquanto pretos e pardos enfrentam 7,5% e 7%, respectivamente.

O nível de escolaridade tem uma relação inversamente proporcional com o desemprego. Aqueles com ensino médio incompleto têm uma taxa de desocupação de 10,3%, uma porcentagem que diminui para 6,6% entre os que possuem nível superior incompleto e cai ainda mais para 3,3% para quem completou o ensino superior.

O mercado de trabalho brasileiro ainda mostra sinais de fragilidade no longo prazo. Cerca de 1,4 milhão de pessoas estavam desempregadas há dois anos ou mais no final de 2024, uma melhora em relação aos 1,8 milhão de 2023. Ademais, 47,9% dos desocupados estavam à procura de emprego por um período de um mês a menos de um ano.