Bahia possui cerca de 29 mil professores recebendo valor abaixo do piso; saiba mais
De acordo com uma estimativa da Associação Classistas de Educação e Esporte da Bahia, cerca de 2 mil professores estão recebendo um valor inferior ao piso no estado. Além disso, outros 27 mil educadores aposentados e 800 não licenciados também estão na mesma situação.
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Quase 30 mil professores baianos estão ganhando menos do que o piso
Esse é o caso da educadora Leila Cardoso, de 37 anos, que largou as aulas para começar um mestrado e, com isso, subir de nível no plano de carreira. No entanto, não foi o que aconteceu e, quando retornou para a sala de aula, entrou na lista dos mais de 29 mil professores que recebem menos do que o piso.
Em relação a isso, há um grupo chamado Piso para os Excluídos, do qual Leila é integrante, que busca chamar a atenção do governo estadual para a causa. “É muito triste porque eu fui fazer o mestrado pensando em subir na carreira. Achei que o Estado fosse valorizar o fato de eu ter o mestrado, mas isso não aconteceu”.
Atualmente, o piso está no valor de R$ 4.420,55 e, no caso da Bahia, os professores classificados como I, IA, II e IIA, um quadro especial criado há 12 anos, estão recebendo um salário menor. Segundo a associação, somando todos os afetados, hoje são mais de 29 mil trabalhadores nessa situação.
“A Constituição de 1988 determinou que só professores graduados passassem a ocupar o cargo de professor. Em 2008, o piso salarial foi instaurado, mas os professores sem licenciatura na ativa ainda recebem menos do que o piso”, é o que lembra Marinalva Nunes, presidente da associação da Bahia.
Recentemente, no mês de março, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) conseguiu um mandado de segurança obrigando o pagamento do piso a todos os professores. Contudo, nada mudou até o momento.
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Imagem: Reprodução/Freepik