Ceará lidera ranking de estados com mais alunos inscritos no Enem; veja lista

O Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, é uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil. Recentemente, o Censo Educação Ensino Superior 2023 revelou dados interessantes sobre a participação dos estudantes que concluíram o ensino médio no país. De acordo com a pesquisa, o Ceará lidera a lista de estados com maior proporção de inscrições no Enem, com 89,5% dos estudantes cadastrados.

O levantamento, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), também destaca Goiás e Paraíba, com 78,3% e 72,3% de inscrições, respectivamente. Esses números ressaltam o crescente interesse dos jovens de algumas regiões em ingressar no ensino superior. Porém, a situação não é homogênea em todo o Brasil. Vamos analisar em detalhes esse cenário.

Por que o Ceará lidera as inscrições no Enem?

O Ceará apresenta um dos mais altos índices de inscrição no Enem, uma tendência que já vem de anos anteriores. Esse fenômeno pode ser atribuído a vários fatores, incluindo políticas educacionais eficazes e uma cultura fortemente voltada para a educação. O estado vem investindo pesado em melhorias no sistema educacional, o que inclui programas de incentivo para que mais alunos concluam o ensino médio e se inscrevam no Enem.

Na contramão, estados como São Paulo e Roraima apresentam taxas menores de inscrições, com 44,8% e 37,4% respectivamente. Essa disparidade é alarmante, principalmente se considerarmos a importância do Enem como acesso ao ensino superior. Questões sociais, econômicas e até mesmo a percepção da importância do exame podem influenciar esses números. É fundamental que políticas educacionais específicas sejam implementadas para reverter esse quadro.

  1. Ceará: 89,5% (2023) | 84,8% (2022)
  2. Goiás: 78,3% (2023) | 78,2% (2022)
  3. Paraíba: 72,3% (2023) | 48,9% (2022)
  4. Espírito Santo: 70,8% (2023) | 63,0% (2022)
  5. Distrito Federal: 68,8% (2023) | 65,0% (2022)
  6. Rondônia: 66,8% (2023) | 61,2% (2022)
  7. Rio Grande do Norte: 66,3% (2023) | 59,5% (2022)
  8. Sergipe: 65,3% (2023) | 57,6% (2022)
  9. Piauí: 60,2% (2023) | 46,7% (2022)
  10. Tocantins: 59,8% (2023) | 53,8% (2022)
  11. Pernambuco: 59,7% (2023) | 54,8% (2022)
  12. Paraná: 59,7% (2023) | 54,9% (2022)
  13. Amazonas: 59,6% (2023) | 54,1% (2022)
  14. Mato Grosso: 59,1% (2023) | 54,4% (2022)
  15. Mato Grosso do Sul: 56,6% (2023) | 55,5% (2022)
  16. Amapá: 55,8% (2023) | 54,6% (2022)
  17. Maranhão: 54,2% (2023) | 44,4% (2022)
  18. Alagoas: 54,0% (2023) | 49,6% (2022)
  19. Acre: 53,8% (2023) | 49,9% (2022)
  20. Minas Gerais: 53,4% (2023) | 44,3% (2022)
  21. Santa Catarina: 53,0% (2023) | 49,6% (2022)
  22. Rio de Janeiro: 52,9% (2023) | 45,7% (2022)
  23. Bahia: 52,8% (2023) | 44,4% (2022)
  24. Pará: 52,2% (2023) | 44,7% (2022)
  25. Rio Grande do Sul: 51,1% (2023) | 50,5% (2022)
  26. São Paulo: 44,8% (2023) | 43,0% (2022)
  27. Roraima: 37,4% (2023) | 31,4% (2022)

Outro dado relevante do censo diz respeito ao impacto das políticas de cota e programas como Fies e ProUni na conclusão do ensino superior. Cotistas e beneficiários desses programas demonstram uma taxa de conclusão superior à dos alunos regulares. Por exemplo, 51% dos cotistas que ingressaram em instituições federais em 2014 concluíram seus cursos, comparado a 41% dos não cotistas. Já no ensino privado, estudantes com Fies ou ProUni também apresentam melhores taxas de conclusão.

Esses programas têm desempenhado um papel crucial na promoção da inclusão educacional. O Fies e o ProUni facilitam o acesso ao ensino superior para alunos de baixa renda, permitindo que eles concluam suas formações de forma mais eficaz. A tendência de melhores taxas de conclusão entre esses beneficiários indica que a assistência financeira e a reserva de vagas são estímulos significativos para a permanência e sucesso acadêmico.