Ceará registra número assustador de policiais assassinados nos últimos anos
No recente contexto de segurança pública no Ceará, a escalada de violência contra policiais militares tem despertado alarmes tanto no governo quanto na população. Com uma série de assassinatos registrados desde 2020, o estado procura medidas para proteger seus agentes e melhorar a segurança geral.
Entre 2020 e maio de 2024, o estado do Ceará registrou o assassinato de 41 policiais. Somente nos primeiros meses de 2024, cinco agentes foram mortos, levantando questões sobre a segurança desses profissionais, tanto em serviço quanto nas suas folgas ou mesmo após a aposentadoria.
Perfil dos ataques e medidas de investigação
A natureza desses ataques tem variado. Alguns ocorreram enquanto os policiais estavam de folga, sugerindo um novo nível de risco pessoal que transcende a barreira do trabalho. Todas essas ocorrências são meticulosamente investigadas pela 11ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, especializada em crimes contra a vida e latrocínios envolvendo agentes de segurança.
A resposta do governo inclui a intensificação da capacitação dos policiais. A Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) ofertou, apenas no último ano, cursos de Abordagem Policial e Tiro Defensivo para 3.881 policiais militares. As Instruções de Táticas Individuais (ITIs), implementadas desde 2020, visam equipar os policiais com habilidades cruciais para lidar com situações de risco durante seus períodos de folga. Esses cursos abrangem desde o manuseio adequado de armas até protocolos de sobrevivência.
Essas medidas visam não apenas aprimorar a técnica e a segurança dos policiais, mas também buscar uma maior integração com a comunidade, entendo que o policial continua sendo um alvo potencial mesmo fora de serviço. A segurança pública, assim, passa não apenas pelo combate direto ao crime, mas pela reformulação de como a polícia se insere na sociedade.