Cesta básica fica mais cara em Porto Alegre; veja valores
Em outubro de 2024, o preço da cesta básica em Porto Alegre registrou um aumento de 2,4% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 774,32. Este incremento coloca a capital do Rio Grande do Sul como a terceira mais cara em relação ao custo mensal da cesta. Os dados são do levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Quais capitais possuem os maiores custos de cesta básica?
Comparando com outubro de 2023, houve um aumento de 4,75% no valor da cesta, com 12 de 13 itens registrando alta. Este cenário reflete tanto as variações de preço de produtos individuais quanto as condições econômicas globais que afetam os insumos alimentares.
O levantamento do Dieese incluiu 17 capitais brasileiras, com São Paulo liderando a lista com um custo de R$ 805,84, seguida por Florianópolis (R$ 796,94) e Porto Alegre. Entretanto, as maiores variações percentuais ocorreram em Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%) e Fortaleza (4,13%). Esses números refletem as variações locais de oferta e demanda de produtos alimentícios.
Impacto do clima nos custos da cesta básica
O aumento nos custos de diversos produtos da cesta básica pode ser atribuído a fatores climáticos e de mercado. Produtos como o tomate, óleo de soja e carne tiveram aumentos significativos, de 15,44%, 6,03% e 5,26%, respectivamente, devido a questões como estiagens e queimadas que afetaram as áreas de pasto e cultivo. O aumento na demanda internacional por óleo também contribuiu para a elevação dos preços.
Embora muitos produtos tenham encarecido, alguns itens apresentaram diminuição nos preços. Entre eles, a batata destacou-se com uma redução de 9,95%. Outros itens como banana e arroz também tiveram quedas, de 3,30% e 0,92%, respectivamente. Esta baixa é atribuída à redução da demanda em certas regiões, apesar da menor oferta.
Analisando a partir do salário mínimo de Porto Alegre, o trabalhador precisou dedicar cerca de 120 horas e 38 minutos para adquirir a cesta básica em outubro. Este comprometimento representou 59,28% da remuneração líquida, mostrando a necessidade crescente de ajuste entre salário e custo de vida. Comparativamente, no ano anterior, com um salário mínimo diferente, o trabalhador demorou mais horas para garantir os mesmo produtos alimentares básicos.