Cidade do Ceará pode perder mais de 300 metros de praia nos próximos anos
A erosão costeira tem sido uma preocupação crescente para várias comunidades ao longo do litoral cearense. Recentemente, um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) trouxe à luz dados alarmantes sobre a perda de faixa de areia em diversas praias, causando preocupações sobre os possíveis impactos econômicos e ambientais.
Regiões como Fortim e Caucaia têm percebido diminuições significativas em suas praias, um fenômeno especialmente preocupante para um estado wonde aproximadamente 40% da população vive em áreas litorâneas e metade do Produto Interno Bruto (PIB) provém dessas localidades.
Por que a erosão costeira é preocupante?
A erosão não afeta apenas a paisagem natural, mas também o modo de vida de incontáveis cearenses. Diversas atividades econômicas estão atreladas diretamente à saúde das praias, incluindo o turismo e a pesca, cruciais para a economia local.
Em Caucaia, o problema é antigo e tem sido combatido com uma série de medidas. Desde a construção dos espigões em 2021, a região do Icaraí conseguiu recuperar parte de sua faixa de areia. Os resultados são celebrados por moradores e comerciantes, que veem nessa reconstrução uma esperança para o rejuvenescimento econômico e turístico da área.
Os esforços para conter o mar têm visado a preservação das praias e, por consequência, das atividades econômicas que delas dependem. André Luiz Vasconcelos, secretário municipal de infraestrutura de Caucaia, celebra a retomada do turismo graças às novas medidas.
Estudos apontam que se nada for feito, a predição é de que a costa cearense pode perder significativamente mais espaço até 2040. A UFC, com pesquisas lideradas por Narelle Maia de Almeida e Joca Leite, destacam a necessidade de políticas públicas eficazes para enfrentar essa ameaça crescente.