Cidade no Ceará registrou 3 tremores de terra em apenas um mês
Recentemente, mais um tremor de terra foi registrado em Caruaru, na região do Agreste pernambucano. Este novo evento sísmico foi detectado pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no último sábado (28), às 0h46, no horário de Brasília. Com uma magnitude de 1.6 na Escala Richter, esse episódio marca o terceiro abalo sísmico na região apenas no mês de setembro.
Os eventos sísmicos que têm ocorrido em Caruaru levantam questionamentos sobre as causas e a frequência dessas ocorrências. No dia 22, um outro tremor foi registrado com magnitude de 1.5, e anteriormente, no dia 16, mais um abalo foi percebido às 21h44. Os dados obtidos através dessas ocorrências são minuciosamente monitorados pela estação NBCA, estrategicamente instalada na área devido à regularidade dos fenômenos sísmicos.
Por que Caruaru registra tantos tremores de terra?
A explicação para os frequentes tremores em Caruaru está relacionada à sua localização geográfica sobre a zona de cisalhamento Pernambuco-Leste, uma falha geológica que corta o estado. Esta falha geológica é responsável por causar movimentações na crosta terrestre, resultando em abalos sísmicos, ainda que em magnitudes menores.
Caruaru, apesar de ser um local de tremores frequentes, não enfrenta o risco de terremotos devastadores. Isto se deve ao fato de que o Brasil está situado em uma área intraplaca. Este tipo de região geográfica registra menos atividades sísmicas de grandes magnitudes quando comparadas às regiões localizadas nas bordas de placas tectônicas.
Que relação estes eventos têm com o restante do Brasil?
Embora o Brasil não seja frequentemente associado a grandes terremotos, há várias zonas de cisalhamento pelo território nacional que podem desencadear sismos, como observado em Caruaru. Em geral, essas ocorrências são de baixa magnitude e não causam maiores danos ou alarmes.
Países localizados nas bordas de placas tectônicas, como o Japão e o Chile, estão mais sujeitas a terremotos catastróficos. No entanto, o Brasil conta com diversos monitoramentos e estações sísmicas que garantem a análise detalhada desses fenômenos, contribuindo para a segurança e o entendimento dos eventos que ocorrem no país.
Como a população de Caruaru percebe os tremores?
A repetição dos tremores tem gerado curiosidade e atenção da população local. Apesar de as magnitudes serem pequenas, é comum que os moradores relatem a sensação de pequenos abalos, similar a um breve tremor de solo, que rapidamente cessam.
Para a segurança e tranquilidade dos habitantes, o Laboratório Sismológico da UFRN vem realizando um trabalho importante de monitoramento e informação, assegurando que a população esteja ciente dos fenômenos naturais que ocorrem em sua região.
Entenda melhor a Escala Richter
A Escala Richter é utilizada mundialmente para medir a magnitude dos terremotos. A escala é logarítmica, o que significa que cada incremento de um número inteiro na escala corresponde a um aumento de 10 vezes na amplitude das ondas sísmicas. Por causa disso, um terremoto de magnitude 2.0 é consideravelmente mais forte que um de 1.0.
- Magnitude menor que 2.0: Normalmente não sentida, mas registrada.
- Magnitude 2.0-2.9: Raramente sentido e não causa danos.
- Magnitude 3.0-3.9: Freqüentemente sentido, mas raramente causa danos.
Portanto, os eventos em Caruaru possuem magnitudes que não geram grandes preocupações, mas contribuem significativamente para o estudo geológico da região.