Escolas particulares devem ficar mais caras no Ceará em 2025

Com a proximidade do fim do ano letivo, a atenção de pais e responsáveis volta-se para um aspecto crucial: o reajuste das mensalidades escolares. No Ceará, estima-se que as escolas particulares devem aplicar um aumento de cerca de 9% nas mensalidades para o próximo ano, segundo levantamento realizado pelo Grupo Rabbit. Esse percentual supera a inflação acumulada de 4,42% medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Reajustes e comparações com anos anteriores

Apesar do percentual de reajuste previsto para 2025 ser menor que os 10% a 15% originalmente previstos para o ano anterior, ainda assim, representa um avanço significativo nos custos educacionais familiares. Esses aumentos vêm preocupando as famílias que buscam equilibrar o orçamento doméstico com a qualidade da educação oferecida aos filhos.

Em Fortaleza, por exemplo, muitos pais já receberam notificações formais das escolas sobre os novos valores. A psicóloga Roberta Costa, mãe de dois estudantes, relata ter obtido informação sobre um aumento de 9,88% na mensalidade dos filhos. Ela expressou sua preocupação, destacando que, “ano após ano, a mensalidade escolar cresce acima da inflação, pressionando as finanças familiares”.

Cenário nacional dos rReajustes

O impacto no Ceará reflete uma tendência nacional. A pesquisa do Grupo Rabbit, que abrangeu 680 instituições privadas em todo o Brasil, indica que o reajuste das mensalidades está compreendido entre 8% a 10%, em linha com a média cearense. Essa prática visa ajustar os valores às pressões econômicas resultantes da pandemia, que impactaram severamente o setor educacional com aumento da inadimplência e necessidade de concessão de descontos.

Os mecanismos de reajuste envolvem fatores como o aumento dos salários de professores, inflação, e os investimentos necessários para a manutenção da infraestrutura escolar. A pesquisa ressalta que esses componentes constituem uma tríade decisiva para a definição das novas tarifas, permitindo que as escolas recuperem parte das perdas financeiras enfrentadas nos últimos anos.

Matrícula antecipada pode minimizar impactos

A prática da rematrícula antecipada surge como uma alternativa para pais que buscam minimizar o impacto dos pagamentos. Contudo, o estudo evidencia que a adesão a essa prática tem diminuído, com um número crescente de rematrículas ocorrendo somente em meses posteriores ao início do ano letivo.

A possibilidade de descontos ofertados por algumas escolas busca incentivar a antecipação, mas a insegurança financeira persiste como um obstáculo, retardando a decisão de muitos pais, especialmente nas séries do ensino fundamental e médio.