Especialista faz alerta para nova alta nos preços da gasolina e diesel no Ceará
O preço médio dos combustíveis no Ceará apresentou uma semana com menor volatilidade em comparação com a semana anterior, quando houve a retomada da cobrança de impostos federais e a Petrobras realizou redução nos valores da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas refinarias.
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referentes ao período entre 9 e 15 de julho, as maiores oscilações nos preços médios nos postos cearenses foram registradas para as duas variantes do óleo diesel.
O litro do diesel comum teve um aumento de 0,7%, passando de R$ 5,05 para R$ 5,09, enquanto o litro do diesel S-10 apresentou uma redução de 1,4%, caindo de R$ 4,95 para R$ 4,98.
Oscilação nos preços
Na semana encerrada em 15 de julho, os preços médios por litro de gasolina (comum e aditivada) e etanol, assim como o metro cúbico (m³) do gás natural veicular (GNV), permaneceram praticamente estáveis, de acordo com a ANP, enquanto o diesel e o GLP apresentaram oscilações mais expressivas.
O preço médio do litro do etanol hidratado teve uma leve queda de 0,2%, aproximadamente R$ 0,01 nas bombas, passando de R$ 4,78 para R$ 4,77. Já a gasolina comum teve um aumento de 0,1% no preço médio por litro, passando de R$ 5,92 para R$ 5,93. Enquanto isso, em comparação com a semana anterior, a gasolina aditivada manteve seu preço médio por litro em R$ 6,05.
De acordo com Bruno Iughetti, consultor na área de combustíveis e gás, a tendência é que o etanol continue com preços estáveis, mas a gasolina pode voltar a apresentar uma tendência de alta devido às variações dos preços internacionais do petróleo.
Impactos do fim da PPI
No dia 18 de maio, a Petrobras tomou a decisão de abandonar a política de paridade internacional (PPI) nos preços dos combustíveis no Brasil, com o objetivo de reduzir a pressão causada por ciclos de alta no valor global do barril de petróleo. No ano anterior, o preço chegou a atingir a marca de US$ 120.
O especialista, no entanto, ressalta que a Petrobras ainda deverá reavaliar os valores praticados nas refinarias caso os preços do produto aumentem no mercado internacional, mesmo após o fim do PPI que havia sido implementado durante o governo de Michel Temer (MDB) em outubro de 2016.
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