Estas cidades do Ceará são destaque em ranking de educação; confira

No Brasil, duas localidades cearenses se sobressaem notavelmente quando se trata dos índices superiores de acesso à educação e sua qualidade: Sobral e Iguatu. As informações foram reveladas pelo mais recente levantamento, o Ranking de Competitividade dos Municípios de 2023, uma iniciativa colaborativa entre o Centro de Liderança Política (CLP), a Gove e a Seall.

Na vanguarda desse cenário, encontra-se Sobral, ostentando a posição de destaque no ranking nacional de qualidade educacional, ocupando o primeiro lugar entre as 410 cidades avaliadas. Para se ter um contexto regional, o próximo município nordestino na lista se encontra na 87ª colocação, que é Teresina.

No que tange a Iguatu, esse assume o quarto lugar no domínio de acesso à educação, e a próxima localidade nordestina a figurar na lista aparece na 69ª posição, identificada como Maracanaú (CE).

Entenda a diferença

É digno de nota que ambas as áreas apresentam uma representação relativamente reduzida de municípios do Nordeste entre aqueles que receberam as melhores avaliações, uma vez que a região Sudeste domina uma parcela substancial da classificação.

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, ressalta que a disparidade entre as regiões pode ser atribuída à discrepância na infraestrutura física e na capacidade de investimento dos municípios.

“Esses dados evidenciam duas coisas: que municípios da região Sul e Sudeste, por ter um contexto mais favorável e uma condição do governo local mais estruturada e com mais capacidade de desenvolvimento, têm facilidade em crescer na vertente dos indicadores, tanto de acesso, quanto de qualidade da educação”, explica ele.

É possível melhorar o quadro da educação no Nordeste?

Segundo o presidente da Undime, as cidades do Nordeste geralmente apresentam índices favoráveis no que diz respeito aos atendimentos educacionais, os quais frequentemente ultrapassam várias metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE).

No tocante à qualidade da educação, Alessio observa que o aprimoramento desse indicador só é possível por meio do estabelecimento de políticas públicas robustas, que sejam bem estruturadas e de longo alcance.

“Ninguém melhora a qualidade da educação do dia para noite. É muito mais difícil você melhorar os indicadores de qualidade do que os de acesso, porque os de acesso você melhora somente com investimento. Já na qualidade você pressupõe investimento, gestão e um projeto político-educacional”, explicou.

Imagem: Ciete Silvério/GOV-SP