Estas são as cidades do Rio Grande do Sul com mais devedores, de acordo com o Serasa

Em setembro, o Rio Grande do Sul registrou uma nova alta na taxa de inadimplência, com 39,26% da população adulta estando com o nome negativado, de acordo com dados da Serasa Experian. Esse aumento traz a taxa novamente perto do recorde histórico de 39,78%, registrado em abril deste ano. A alta da inadimplência foi mais acentuada após o pico da crise de maio, quando as fortes enchentes atingiram o Estado e, como medida emergencial, os birôs de crédito suspenderam a negativação por 60 dias.

Após esse período, a retomada da normalidade econômica fez com que a inadimplência voltasse a crescer, com aumentos consecutivos desde julho. Apesar de ter uma das menores taxas de inadimplência do Brasil – bem abaixo da média nacional de 44,87%, com destaque para o Amapá, que lidera com 60,89% –, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta um cenário preocupante, com 3,47 milhões de gaúchos com restrições no nome. O total de dívidas não quitadas chega a R$ 19,25 bilhões, o que representa uma média de R$ 5.543 por inadimplente, com os maiores devedores sendo bancos e financeiras.

Cidades do Rio Grande do Sul com mais inadimplentes

Entre as cidades com maior número de inadimplentes estão Porto Alegre, com 496.650 registros, seguida de Caxias do Sul (139.811), Canoas (139.466), Pelotas (102.533) e Santa Maria (94.411), com Passo Fundo e Novo Hamburgo também figurando entre os municípios mais afetados.

O índice da Serasa Experian é abrangente e não se limita apenas à inadimplência no sistema financeiro. Ele considera uma série de dívidas, incluindo protestos de títulos, pendências com lojas, cartões de crédito, financeiras e até serviços básicos como energia elétrica, água e telefonia, além de cheques sem fundo. Essa abordagem mais ampla permite uma visão mais precisa dos ciclos de inadimplência, já que muitas vezes as dívidas se acumulam de maneira gradual, sendo registradas de 6 a 12 meses após o início da inadimplência.

O cenário de inadimplência no Rio Grande do Sul reflete tanto dificuldades financeiras locais quanto o impacto das condições econômicas mais amplas, como a recuperação da crise e as flutuações no crédito.