Fenômeno pode gerar grandes mudanças no clima do Ceará

Com os efeitos do fenômeno meteorológico El Niño, a tendência é de menos chuva e mais calor no Ceará em 2024.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) anunciou no dia 8 de junho que as condições climáticas para o retorno desse fenômeno estão confirmadas, mas não há como saber qual será a intensidade dele.

Saiba mais sobre o assunto a seguir.

El Niño no Ceará

Esse fenômeno meteorológico é formado pelo aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico equatorial. Elas podem ficar de 0,5 °C a 2,5 °C mais quentes.

Como a água evapora mais facilmente, o ar quente sobe para a atmosfera e circula em altitudes mais baixas. Assim, ele consegue chegar a várias regiões como o norte da América do Sul, onde estão localizados o Norte e o Nordeste do Brasil. 

A última vez que o El Niño se formou foi em 2016. O fenômeno foi de alta intensidade à época e o nível de chuvas caiu bruscamente. O volume de precipitações no Ceará foi de apenas 317 milímetros, ou seja, 47% abaixo da média histórica de 600 milímetros por ano.

Com a diminuição das chuvas, aumenta-se o calor. Isso porque a nebulosidade cai e a radiação solar que atinge o solo aumenta. O El Niño, portanto, trará consigo maior sensação de calor para os cearenses.

As reservas de água também são diretamente afetadas pela falta de chuvas. Ao todo, são 157 açudes que abastecem a população do estado e o período de precipitações é essencial para a manutenção do volume das reservas hídricas.

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) monitora o nível de aquecimento das águas do Pacífico a fim de estimar qual será a intensidade do fenômeno. As respostas podem ser obtidas nos próximos meses.

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Imagem: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza