Fortaleza e outras cidades brasileiras registram 27 tipos de agrotóxicos na água consumida pela população

O Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano aponta que há 27 tipos diferentes de agrotóxicos na água consumida em 210 cidades brasileiras, incluindo Fortaleza, no Ceará. No entanto, apesar da existência das substâncias, todas estão dentro do limite que é permitido.

Saiba mais detalhes a respeito do levantamento e veja quais são os riscos para a saúde da população.

Sistema detecta a presença de dezenas de agrotóxicos em água de Fortaleza

De acordo com informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, com base em testes feitos no ano passado, a capital cearense é uma das 210 cidades brasileiras em que foi identificada uma mistura de 27 tipos de agrotóxicos na água consumida pela população.

Entretanto, mesmo com a identificação dessas substâncias, o levantamento também constatou que todas elas estão em quantidades permitidas pelo Ministério da Saúde. Isso significa que a simples presença do agrotóxico na amostra analisada não implica em problemas para a saúde da população.

Apesar disso, a maior preocupação dos especialistas são os possíveis riscos causados pelas substâncias quando misturadas, ou seja, da maneira como foram encontradas na avaliação. Segundo eles, o chamado “efeito coquetel” é capaz de causar reações aos seres humanos que ainda não são conhecidas pela ciência.

“Quando há a detecção, ainda que em concentrações menores que o valor máximo permitido, os governos deveriam tomar ações para evitar que esses agrotóxicos apareçam por longos períodos de tempo”, explica Cassiana Montagner, pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Além disso, ela ressalta que o maior problema é quando as substâncias são ingeridas de forma contínua, isto é, por muitos meses e anos seguidos. Isso porque 15 desses agrotóxicos, por exemplo, estão associados com doenças crônicas como câncer e também disfunções hormonais e reprodutivas.

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Imagem: Divulgação/Sabesp