Greve na UFRPE já tem data para acabar

No campus Recife da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), professores tomaram uma decisão significativa na noite do último dia 19. Em uma assembleia realizada no auditório da Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe), foi decidido, por ampla maioria, o fim da greve da categoria, que havia começado em 29 de abril deste ano.

A votação resultou em 69 votos a favor do término da paralização, com apenas oito votos contrários e uma abstenção. A decisão foi influenciada por várias propostas conciliatórias do Governo Federal, incluindo reajustes salariais e benefícios adicionais para os docentes.

Quais foram as concessões do Governo Federal para encerrar a greve?

Na proposição aceita pelos docentes de Recife, o Governo Federal comprometeu-se com a recomposição parcial do orçamento das instituições federais e a implementação de diversos reajustes. No total, 66 professores votaram a favor das novas condições, enquanto 12 foram contra, esboçando um claro consenso sobre a suficiência das concessões negociadas.

Enquanto os professores da UFRPE decidiram encerrar a greve, o cenário é diferente em outras instituições de ensino superior em Pernambuco. Tanto no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) quanto na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), os docentes optaram pela continuação da greve após assembleias realizadas no mesmo dia. Estes professores agendaram novas assembleias para definir os rumos do movimento, visando pressionar por resoluções similares que atendam suas reivindicações.

As negociações que levaram ao encerramento da greve no campus Recife da UFRPE destacam-se como um caso de relativo sucesso em meio a desafios contínuos. Os acordos incluíram:

  • Reajuste linear de salários até 2026, chegando a 12,8%.
  • Provimento de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas.
  • Incremento nos valores de benefícios como auxílio-alimentação, saúde suplementar e creche.

Essas medidas não apenas abordam questões imediatas de salário e benefícios, mas também garantem investimentos na estrutura e suporte aos estudantes, revelando um panorama de compromisso a longo prazo com a educação superior no Brasil.