Pesquisa da Funceme aponta que Ceará teve o terceiro pior outubro em relação aos focos de calor; entenda
De acordo com um levantamento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, o estado do Ceará registrou neste ano o seu terceiro pior mês de outubro em relação à detecção de focos de calor. Isso acontece porque não foi registrada quase nenhuma precipitação, além das temperaturas elevadas.
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Outubro cearense se destaca pelo número elevado de focos de calor
Segundo um levantamento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, o estado do Ceará registrou 1.969 focos de calor, o seu terceiro pior resultado para um mês de outubro. O número fica atrás apenas de outubro de 2001, com 2.051 focos, e de 2003, quando foram registrados 2.465.
Vale ressaltar que os dados foram coletados pelo AQUA e outros nove satélites, o que pode levar a uma superestimativa dos focos de calor. Segundo Frank Baima, pesquisador da fundação, “isso ocorre porque um episódio de queimada pode ser detectado por vários satélites em horários de passagem diferentes”.
Esse resultado negativo pode ser explicado, principalmente, pela falta de chuvas e também pelas temperaturas elevadas. De acordo com a fundação, por exemplo, praticamente não houve registro de precipitação em outubro. A exceção é o litoral de Fortaleza, áreas do Cariri e do Maciço de Baturité.
Além disso, os focos de calor também são explicados pelo tempo quente, seco e ventoso bastante comum para essa época do ano. No entanto, em 2023, o fenômeno El Niño atuou com muito mais intensidade, o que propiciou eventos mais extremos no estado como é o caso de incêndios florestais.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registrados 16 picos de temperatura igual ou superior aos 40 °C no Ceará. Para efeito de comparação, no ano passado, foram apenas dois. O destaque fica com as cidades de Barro, Jaguaribe e Crateús, com termômetros alcançando os 40 graus.
Imagem: Divulgação/Corpo de Bombeiros