Polícia Federal encontra trabalhadores em condições análogas à escravidão em cidade do Pará

Atividades realizadas pela Polícia Federal (PF) permitiram a localização e resgate de nove indivíduos vivendo em condições extremamente precárias, assemelhando-se à situação de escravidão, no garimpo Canaã dos Carajás, situado na região de Marabá, no sudeste do Pará. Esses acontecimentos foram anunciados quarta-feira (30).

Ao longo de quatro operações realizadas simultaneamente e iniciadas durante a madrugada da terça-feira (29), a PF também efetuou a prisão em flagrante de duas pessoas sob acusações de extração ilegal de recursos minerais e delitos ambientais.

Dezenas de mandados de busca e apreensão foram emitidos no Pará

Conforme as informações fornecidas pela PF, as operações denominadas Farra do Manganês, Sete Nove 25, Serra Leste e Vila Nova Jerusalém envolveram uma equipe de mais de 100 agentes e resultaram no cumprimento de um total de 20 mandados de busca e apreensão.

Segundo as informações divulgadas pela polícia, um total de 17 escavadeiras e tratores, quatro britadores, quatro geradores, dois veículos, além de diversos outros equipamentos, como esteiras, motores-bomba e motores estacionários, foram tornados inoperantes. Além disso, uma pistola e duas escavadeiras foram apreendidas durante as operações.

Além do exposto, as autoridades policiais informaram que também procederam à implosão de postes de energia e transformadores clandestinos, que forneciam energia para as atividades no garimpo. A desativação dos equipamentos ocorre de acordo com as disposições legais, quando a remoção do local se mostra inviável.

Consequências

Dado que essa atividade ilícita não está em consonância com práticas de sustentabilidade ambiental, a PF enfatizou que houve impactos negativos sobre o ecossistema. Além disso, uma vez que os recursos minerais pertencem à União, a clandestina exploração, transporte e exportação do minério resulta na perda de arrecadação de bilhões de reais.

Caso a suspeita criminosa seja confirmada, os responsáveis estarão sujeitos a acusações por crimes ambientais, usurpação de recursos federais, participação em associação criminosa, e outras infrações. As investigações continuam em andamento, conforme informado pelas autoridades policiais.

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Imagem: Reprodução/Polícia Federal