Polícia Federal resgata 49 trabalhadores em situação análoga à escravidão no Pará

Na última semana, trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados pela Polícia Federal no estado do Pará. A operação foi deflagrada pelo Ministério Público Federal. Além dos profissionais que foram encontrados, a polícia também fechou garimpos de ouro e cobre e também prendeu um suspeito. Veja mais detalhes a respeito do caso e como foi a operação.

Trabalhadores foram encontrados pelas autoridades federais em garimpos

O objetivo da operação era combater o trabalho escravo, a extração ilegal de minérios e os crimes ambientais que são praticados na cidade de Ourilândia do Norte, no sudeste do estado do Pará. Ao todo, foram resgatados 49 trabalhadores em situação análoga à escravidão em garimpos de ouro e de cobre.

De acordo com as autoridades, a ação contemplou sete garimpos do município, onde foram constatadas situações precárias de trabalho dos profissionais resgatados. Entre elas, não havia equipamentos de proteção individual e materiais de primeiros socorros. Ademais, o trabalhador não recebia salário fixo.

Além disso, para se abrigar, foram construídos barracos de lona sem paredes nem portas ou qualquer proteção. O espaço também não contava com instalações sanitárias e a água utilizada para o consumo, para o banho ou para a lavagem dos alimentos vinha de um córrego poluído com resíduos de mercúrio.

Polícia Federal fechou garimpos e prendeu suspeitos na operação

Além do resgate dos trabalhadores, cinco dos sete garimpos investigados foram fechados pelas autoridades e um homem, supostamente dono de um deles, foi preso. Escavadeiras hidráulicas, mercúrio, ouro, armas, munições e documentos com a contabilidade também foram apreendidos pela polícia.

A operação contou com a participação de 36 policiais federais, três procuradores do trabalho, dois servidores do Ministério Público do Trabalho e seis agentes da polícia do Ministério Público da União. Vale ressaltar que a responsabilização dos investigados é tarefa do Ministério Público do Trabalho.

Imagem: Reprodução/PF