Policiais do Ceará são afastados dos cargos por casos de torturas em presídio de Fortaleza

Na última segunda-feira (2), no Diário Oficial do Estado do Ceará (DOE), foi publicado o afastamento por 90 dias de cinco agentes policiais acusados de tortura. Durante o período afastado, os profissionais deverão exercer atividades administrativas na sede da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Saiba mais detalhes a respeito dos casos de tortura e veja as novas acusações na mesma penitenciária.

Policiais são afastados pela tortura de detentos em presídio de Fortaleza

Os casos de tortura foram registrados no dia 26 de maio, na Unidade Prisional Agente Elias Alves da Silva, que fica localizada em Itatinga, na Grande Fortaleza. A decisão do afastamento dos agentes já foi publicada e eles serão transferidos para atividades administrativas na Secretaria da Administração Penitenciária.

Segundo o Diário Oficial do Estado do Ceará, os cinco policiais estão envolvidos em casos de tortura e maus-tratos contra dois detentos da penitenciária.

De acordo com informações dadas pelo órgão, tudo teria começado quando um dos detentos se recusou a tomar seus remédios e logo foi retirado da cela com puxões no pescoço. Em seguida, o outro interno resolveu intervir, uma vez que essa seria a quarta vez que uma agressão desse tipo acontecia.

Depois disso, os detentos foram vítimas de diversas outras agressões, como chutes e disparos de bala de borracha, ambos na cabeça. Eles ainda foram machucados nas pernas e virilhas.

Vale ressaltar que, na terça-feira (3), um dia depois da publicação do afastamento, foram relatados novos casos de tortura no mesmo presídio da Grande Fortaleza. Segundo a advogada e os familiares, os detentos estariam sendo obrigados a comer pão com sabão, tomar água sanitária e lamber o chão do presídio.

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Imagem: Reprodução/TVM