Possível reativação de aterro desativado em 2015 gera críticas no Pará

A possibilidade de reativação de um aterro sanitário da Região Metropolitana de Belém (RMB) repercutiu de forma bastante negativa nos mais diversos setores. O espaço já não está mais em funcionamento desde 2015. A Federação das Indústrias do Pará também se pronunciou através de nota.

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Reativação de aterro em Belém repercute nos mais diversos setores

De acordo com a Prefeitura de Belém, existe a possibilidade de reativação temporária do aterro sanitário do Aurá para receber os resíduos sólidos da capital paraense e da Região Metropolitana de Belém (RMB). O espaço deixou de funcionar em 2015 por ser incapaz de continuar recebendo lixo.

Segundo a presidente da ONG Pará Solidário, Sofia Paz, a reativação seria um descaso com a população e ainda um crime ambiental. “Vamos todos sofrer com mais incêndios, mais rios contaminados, aumento da pobreza, além de desmatamento ilegal do que ainda resta de floresta em pé para receber o lixo”, reforça.

Além disso, a presidente lembra que Belém sediará a Conferência do Clima das Nações Unidas ao mesmo tempo em que precisa lidar com incêndios e crimes ambientais. Sofia explica que só não envia denúncias formais contra a possibilidade da reativação por temer a perseguição política, já sofrida em outros casos.

Em relação ao anúncio, a Federação das Indústrias do Pará também emitiu uma nota onde fala em decepção ambiental, além de condenar a Prefeitura de Belém. Segundo a nota, a possível reabertura atestaria a falta de solução para o problema. A entidade ainda se disponibilizou para ajudar a causa.

“Enquanto os estados lutam para encerrar os seus aterros, a notícia da reabertura é inaceitável: é um revés para a política ambiental e um certificado de falência para a sociedade. Não podemos aceitar que Belém não seja capaz de ter soluções para o tratamento e disposição final de seus resíduos”, destaca.

Imagem: Reprodução/TV Liberal