Qual é o pedágio mais caro do Brasil? Valor é absurdo

Os custos de viagem no Brasil não se limitam apenas a combustível e alimentação. O pedágio é um elemento crucial no planejamento financeiro de quem pretende viajar de carro. Em São Paulo, encontra-se o pedágio mais caro do país, especificamente no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), que conecta a capital paulista à Baixada Santista. Esse pedágio passou por dois aumentos significativos em menos de 18 meses, impactando diretamente os motoristas.

O aumento do pedágio no SAI é uma preocupação constante para os paulistas. Em julho de 2023, o valor foi reajustado para R$ 35,30, e em julho de 2024, houve um novo aumento, elevando o custo para R$ 36,80. Esses reajustes foram baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), refletindo a inflação e outros fatores econômicos.

Por que o pedágio no Sistema Anchieta-Imigrantes é tão caro?

O alto custo do pedágio no Sistema Anchieta-Imigrantes pode ser atribuído a diversos fatores. Primeiramente, o volume de tráfego é um dos mais elevados do Brasil, com cerca de 300 mil veículos transitando diariamente, número que aumenta significativamente durante feriados. Essa alta demanda exige uma infraestrutura robusta e bem mantida.

A administração do SAI é realizada pela Ecovias, uma empresa privada que busca recuperar os investimentos feitos na construção e manutenção das rodovias. Além disso, o sistema inclui infraestruturas complexas, como túneis e viadutos, que demandam altos custos de operação e manutenção. Esses elementos são financiados, em parte, pelas tarifas de pedágio.

Para aqueles que buscam economizar, existem alternativas ao SAI. A Rodovia dos Tamoios, por exemplo, oferece um trajeto mais longo, mas sem cobrança de pedágio, sendo uma opção viável para quem não se importa em gastar mais tempo na viagem. Outra alternativa é o uso de transportes públicos, como ônibus, que oferecem tarifas mais acessíveis e podem ser uma solução econômica para o trajeto entre São Paulo e Santos.

O sistema de cobrança free flow, que permite o pagamento por aproximação, foi implementado para modernizar e facilitar o processo de pagamento de pedágios. Até 2022, cerca de 15% dos veículos utilizavam esse método. Embora tenha simplificado o pagamento, o sistema também gerou discussões sobre a eficiência e os custos associados.