Pará sofre com alto recorde de desmatamento, alerta pesquisa

O desmatamento causa impactos destrutivos para o meio ambiente e causa o desequilíbrio da biodiversidade do Brasil, além da diminuição da cobertura vegetal.

De acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) o Pará está sofrendo com alto recorde de desmatamento neste primeiro trimestre de 2023. O resultado foi o segundo pior desde 2008, após o período crítico em 2021.

Os dados do Imazon baseados no Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) revelam que o Pará é o estado que mais desmatou entre os 9 que fazem parte da floresta amazônica.

Recorde de desmatamento no Pará

Em março a Amazônia bateu recorde de desmatamento, o resultado foi de quase o triplo comparado ao mesmo período no ano passado, em 2022. Os dados foram divulgados na última quinta-feira, dia 20, pelo Imazon.

Segundo o monitoramento por satélites da Imazon, foram desmatados 867 Kmª em 8 dos 9 estados da área da Amazônia. Esse resultado só não foi pior que o de 2021 quando foi registrado 1.185 Km² de florestas derrubadas.

Ainda segundo a Imazon, o Pará teve alta de 176% no desmatamento da floresta amazônica. As cidades paraenses onde houve mais árvores derrubadas foi em:

  • Altamira;
  • Moju;
  • Novo Progresso.

Os três municípios somaram 55% de todo o desmatamento ocorrido no Pará.

Multas para o desmatamento da Amazônia

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), o número de multas e infrações para casos de desmatamento da Amazônia subiu 219% neste primeiro trimestre de 2023. A comparação foi feita com o mesmo período de 2019 a 2022.

Além disso, houve aumento de 133% na apreensão de bens e produtos relacionados a estas infrações e multas ambientais. O número de embargo de propriedades também subiu 93% no mesmo período de 2023.

Imagem: Carlos Fabal / AFP