35 cidades de Pernambuco não registraram nenhum nascimento em um ano; saiba mais
De acordo com um levantamento, feito pelo Tesouro Nacional, ninguém nasceu em 35 municípios pernambucanos e no Arquipélago de Fernando de Noronha, em um ano inteiro. A principal causa da baixa natalidade no período é a ausência de estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico. Saiba mais detalhes.
Por falta de estrutura, não nasceu ninguém em 35 cidades pernambucanas
Segundo o Tesouro Nacional, no período de um ano, ninguém nasceu em 35 municípios de Pernambuco, como Abreu e Lima, Araçoiaba, Bezerros, Brejinho, Buenos Aires, Ferreiros, Itamaracá e tantos outros. Já a falta de estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico é um dos principais motivos para o feito.
Nesse sentido, de acordo com o levantamento, foram registrados 32.205 partos de mulheres residentes em Pernambuco, sendo que mais da metade (16.179) precisaram ser deslocadas de município para parir. Além disso, o estudo revelou 52.835 atendimentos relacionados a partos e obstetrícia em todo o estado.
Fabiana Torres, que atua como secretária de Saúde de Ingazeira, a 388 quilômetros do Recife, no Sertão de Pernambuco, explica que a cidade não tem estrutura suficiente para realizar partos de mulheres, o que faz com que tenham que parir em outros municípios e que explicaria a falta de nascimentos no período.
“Para realizar partos, o HPP (Hospital de Pequeno Porte) do município teria que ter uma equipe médica completa de plantão, com todos os profissionais. Mas a cidade recebe por mês, do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para a Saúde, um valor que varia entre R$ 9.450 e R$ 9.600”, destaca Fabiana.
“Apesar de a gente ser bem referenciado no atendimento pré-natal, oferecendo todos os exames às gestantes, transporte, medicação, taxa zero de mortalidade e em relação ao pré-natal do parceiro, o município não tem condições de manter uma equipe de plantão para a realização dos partos”, conclui.
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