Pernambuco é o estado do Nordeste que mais sofreu com desastres naturais nos últimos anos
Em meio aos extremos climáticos que assolam várias partes do mundo, Pernambuco também enfrentou consequências devastadoras. Segundo um estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o estado registrou o maior número de unidades habitacionais danificadas e destruídas por desastres naturais no Nordeste nos últimos nove anos.
No período de 2013 a 2022, Pernambuco contabilizou um total de 95.636 residências afetadas por eventos como tempestades, inundações, alagamentos e enxurradas. Essas ocorrências causaram significativos impactos nas comunidades locais, resultando em danos consideráveis à infraestrutura habitacional.
Nordeste
Em relação aos estados do Nordeste brasileiro, o estado da Bahia registrou o segundo maior número de unidades habitacionais atingidas por desastres naturais, totalizando 80.157 residências afetadas. Em seguida, estão Alagoas, com 60.094 unidades impactadas, e o Piauí, com 47.551.
Outros estados também enfrentaram os efeitos adversos das condições climáticas, com o Maranhão somando 29.534 unidades atingidas, seguido pelo Ceará, que teve 9.395 residências afetadas. A Paraíba contabilizou 7.620 unidades habitacionais danificadas, enquanto o Rio Grande do Norte registrou 5.971, e Sergipe, 1.747.
Cenário nacional
O estado mais afetado por desastres naturais no Brasil foi Santa Catarina, com um total de 485.748 unidades habitacionais impactadas. O estudo também revelou que um considerável número de municípios brasileiros, cerca de 78% do total (5.199 municípios), foram atingidos por algum tipo de desastre natural que resultou em registros de emergência ou estado de calamidade pública.
Durante o período de nove anos abrangidos pelo estudo, mais de 2,2 milhões de unidades habitacionais foram prejudicadas em todo o território brasileiro devido a desastres naturais, impactando diretamente a vida de mais de 4,2 milhões de pessoas que tiveram que deixar suas residências em 2.640 municípios do país.
A Confederação Nacional de Municípios reforça a importância de implementar uma política nacional de desenvolvimento urbano integrada, considerando a crescente tendência de aumento dos desastres naturais. É essencial que essa política esteja alinhada com as agendas de redução de riscos de desastres, medidas ambientais e combate às mudanças climáticas.
Imagem: Pedro Alves/g1