Nordeste registra maior aumento de preços no Brasil
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Nordeste teve um grande aumento de preços nos alimentos e, nos últimos três anos, as famílias de baixa renda foram as mais impactadas na região.
A pesquisa foi produzida e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O cálculo é do Índice de Preços ao Consumidor Regional (IPC-Regional). Confira!
Famílias de baixa renda sentem mais o aumento de preços no Nordeste
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a inflação no Brasil é percebida de forma diferente em famílias com o mesmo nível de renda, mas que residem em regiões distintas.
Isso porque cada região possui seus hábitos de consumo, frete, clima, impostos, etc. Para as famílias de baixa renda, a maior parte do orçamento é destinada à alimentação; já para as que têm rendas maiores, os gastos são principalmente com serviços.
Para evidenciar essa diferença na percepção da inflação, a Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) passou a divulgar o Índice de Preços ao Consumidor Regional (IPC-Regional). Em virtude do grande aumento de preços, a primeira região abordada foi o Nordeste.
A pesquisa apontou que o Nordeste foi a região que mais impactou famílias de baixa renda (até 1,5 salário-mínimo mensal). Entre janeiro de 2020 e março de 2023, a alimentação já aumentou em 43,24% para as pessoas desse nível de renda.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), os alimentos que estão muito acima da inflação média são:
- Óleo de soja: 119,02%;
- Arroz: 80,41%;
- Milho de pipica: 76,46%;
- Farinha de mandioca: 74,45%;
- Açúcar cristal: 59,71%;
- Margarina: 59,43%;
- Linguiça: 58,49%;
- Ovos: 56,48%;
- Leite em pó: 54,05%;
- Pão francês: 46,37%.
Outro aumento de preços no Nordeste foi com despesas com aluguel, que subiram 25,80%. O botijão de gás de 13kg subiu 61,90%. Além disso, a inflação foi também percebida pelas famílias de baixa renda nos gastos com saúde e nos itens de higiene.
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