Cidades de Pernambuco possuem mais de 330 imóveis interditados por risco de desabamento
A situação de prédios com problemas estruturais na Região Metropolitana do Recife é alarmante. Atualmente, há um total de 338 imóveis interditados nas cidades de Paulista, Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes, devido ao risco iminente de desabamento.
As autoridades locais precisam tomar medidas urgentes para lidar com essa situação, a fim de evitar mais tragédias e garantir a segurança dos moradores. Essa é uma questão que se arrasta há décadas e tem consequências graves, como o acidente de desabamento ocorrido recentemente no Conjunto Beira-Mar, em Paulista, onde 14 pessoas perderam suas vidas na última sexta-feira (7).
A fiscalização e a adoção de ações efetivas são essenciais para enfrentar esse desafio e evitar que mais prédios se tornem símbolos de negligência e abandono. Saiba mais!
Quem é responsável?
Segundo Gustavo Farias, presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Pernambuco, a responsabilidade por garantir a segurança das edificações é compartilhada por diversos responsáveis.
Os proprietários são responsáveis por suas unidades habitacionais, os condomínios têm a responsabilidade coletiva e o poder público deve agir realizando vistorias, interdições e demolições, quando necessário. É essencial que toda essa cadeia de responsabilidade funcione de forma eficiente para evitar situações como essa.
Farias destaca a importância de estar atento aos sinais que as construções apresentam, pois eles podem indicar riscos aos imóveis. Ele alerta para fissuras, infiltrações, dificuldade de abrir janelas e de fechar portas, pois esses são indícios de estágios avançados e indicam a necessidade de desocupação do imóvel.
Elefante branco
A falta de soluções para construções abandonadas é evidenciada por mais um caso trágico no município de Paulista, no Grande Recife. Um edifício de luxo, com mais de 15 andares e mais de 200 apartamentos, encontra-se inacabado há 38 anos.
No bairro da Torre, localizado na Zona Oeste do Recife, um imóvel abandonado de quatro andares chama a atenção dos transeuntes na Vila Santa Luzia. A estrutura carece de pilares e vigas, os tijolos estão danificados e a fiação elétrica e os canos de abastecimento de água estão expostos do lado de fora do prédio.
Esses exemplos evidenciam a urgência de soluções efetivas para lidar com a questão das construções abandonadas, garantindo a segurança e o bem-estar das comunidades afetadas. É fundamental que as autoridades e os órgãos responsáveis atuem de forma eficaz para evitar a persistência desse problema e promover um ambiente urbano mais seguro e saudável para todos.
Imagem: Reprodução/Freepik