Conta de luz no Pará passa a ser a maior do Brasil; confira ranking
Os consumidores do Pará se deparam com a tarifa residencial de energia elétrica mais elevada em todo o país. Um incremento médio de 11% nas tarifas da distribuidora regional, Equatorial PA, entrou em vigor na última semana, levando o custo por kWh consumido para R$ 0,96, desconsiderando os impostos e a taxa de iluminação pública. Em comparação, a média nacional fica em torno de R$ 0,72 por kWh.
A Equatorial Pará, que assumiu a antiga Celpa em 2012, é responsável pelo atendimento de 2,9 milhões de unidades consumidoras no estado. Antes do reajuste, ocupava a quarta posição no ranking dos custos energéticos.
Contudo, com essa atualização tarifária, ultrapassou a Enel Rio, que fornece energia a 66 municípios do interior fluminense. Esses dados têm origem na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Tarifas mais baratas
O debate em torno da revisão tarifária no Pará foi marcado por intensas discussões. Inicialmente, a proposta da Aneel sinalizava para um aumento que se aproximava de 16%. No entanto, após manifestações por parte do governo, parlamentares e organizações locais, o índice de aumento foi ajustado para uma média de 11%.
Confira o ranking das 10 tarifas mais caras do país:
1- Equatorial (PA): 0,96;
2- Enel (RJ): 0,89;
3- Energisa (MT): 0,88;
4- Energisa (MS): 0,88;
5- Equatorial (AL): 0,87;
6- Amazonas Energia (AM): 0,84;
7- Light (RJ): 0,81;
8- Coelba (BA): 0,81;
9- Energisa (MG): 0,80;
10- Neoenergia Penambuco (PE): 0,76.
Entenda o custo alto no Pará
O alcance se estende a todos os 144 municípios do Pará, cobrindo uma vasta área de 1.248 mil km², o que equivale a cerca de 14,7% do território nacional. Isso significa que a distribuidora lida com uma média de 17 consumidores por quilômetro quadrado, fator que influencia nos custos de distribuição.
A Equatorial PA justificou que, devido à sua natureza continental, os desafios logísticos e os custos associados à operação, manutenção e expansão da rede elétrica são consideravelmente superiores aos de outros estados.
Além disso, uma densidade populacional notavelmente abaixo da média nacional, aliada a uma predominância de cargas residenciais, resulta em uma distribuição desigual dos custos. Isso culmina em uma parcela significativamente maior atribuída a cada consumidor, quando comparada a concessões com cargas mais robustas e concentradas.
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Imagem: Reprodução/Migalhas