Deputado comete erro e inclui Bahia em outra região brasileira
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cometeu um equívoco ao indicar erroneamente a localização dos estados brasileiros em uma postagem nas suas redes sociais. Em uma crítica à reforma tributária, o parlamentar colocou Bahia e Sergipe na região Sudeste.
Além disso, ele posicionou erroneamente o estado pelo qual foi eleito, São Paulo, na região Sul do país. Após algumas horas, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apagou a postagem original e compartilhou uma nova versão do mapa corrigido.
A imagem original também omitia algumas unidades federativas, como Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins, que não foram devidamente representadas. Saiba mais!
Entenda
Essa situação ocorreu devido ao fato de que o desenho utilizado levava em consideração a configuração antiga dos estados brasileiros, datada de 1913, em que o Brasil era dividido em regiões denominadas Setentrional, Norte Oriental, Central, Oriental e Meridional.
Embora o deputado tenha mencionado os nomes atuais das regiões, a divisão geográfica apresentada correspondia a um modelo ultrapassado, que remonta ao período em que Tocantins e Mato Grosso do Sul ainda eram partes de Goiás e Mato Grosso, respectivamente.
Repercussão
Mesmo que tenha sido apagada, a postagem causou grande repercussão nas redes sociais. Muitos usuários do Twitter fizeram comparações com a declaração de Carlos Alberto de Nóbrega, que criticou o presidente Lula por não possuir diploma.
“O Eduardo Bolsonaro diz que a Bahia fica no Sudeste e tem gente preocupada com o fato do Lula, que conhece o Brasil de Norte a Sul, não ter diploma?”, tuitou o biólogo, doutor pela USP, Sérgio A J Barretto.
Além da crítica, o post divulgava uma notícia falsa sobre a reforma tributária, alegando que o projeto resultaria no aumento do preço da cesta básica. Na mesma noite, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, afirmou que a proposta inclui a isenção da cesta básica foi e que ela estará prevista na Constituição.
“Para acabar com a desinformação, estamos trazendo à Constituição a cesta básica nacional de alimentos e ela tem alíquota zero. Isso é para que ninguém diga que vamos pesar a mão sobre os mais pobres”, disse o relator durante a apresentação das mudanças do projeto no Plenário.
Imagem: AFP/Reprodução