Pará pode ser dividido e gerar outro estado? Entenda

Será retomado nesta quarta-feira, dia 17 de maio, a discussão do projeto que prevê a criação de um novo estado, o Tapajós, no qual o Pará poderá ser dividido.

O projeto está sendo administrado pela Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e convoca um plebiscito no Pará sobre a decisão de criar ou não um novo estado.

O plebiscito sobre a divisão do estado do Pará e a criação de um novo estado foi iniciado em 2011, mas naquele ano a maioria das pessoas foi contra a divisão.

Divisão do estado do Pará

A pauta sobre a divisão do estado do Pará foi iniciada em 2011, quando uma consulta pública foi feita com a população paraense para dividir o estado em três territórios criando Carajás e Tapajós.

No entanto, naquele ano a maioria das pessoas foi contra a criação dos novos estados. Assim, como o resultado foi negativo, a proposta não foi encaminhada ao governo.

Porém, o debate sobre a divisão do estado do Pará não encerrou em 2011. Os políticos, intelectuais e a própria população continuam criando novas propostas para a criação do Tapajós até hoje.

De acordo com as pessoas a favor da divisão do Pará e criação do novo estado, o Tapajós já nasceria com a quinta maior população da Amazônia e com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 22 milhões.

Além disso, os defensores usam como exemplo a divisão do estado de Goiás em 1988, que criou o estado do Tocantins e gerou a melhoria da qualidade de vida e condições locais, havendo também mais investimentos na região.

Já as pessoas que são contra argumentam que a divisão do Pará vai favorecer apenas os políticos das novas regiões, por conta da criação de novos cargos e também por causa da eventual diminuição das riquezas do estado.

O atual governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), é contra a divisão do estado e antes da sua reeleição, em 2021, chegou a comentar em suas redes sociais que esse projeto é inadequado. 

Imagem: Reprodução/Agência Santarém