Bahia registra grande número de adolescentes com menos de 14 anos que se tornaram mães

Segundo levantamento feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado (SEI), em 2022, a Bahia registrou que mais de 1,3 mil adolescentes com menos de 14 anos se tornaram mães.

Além disso, segundo os dados, 52% dessas mães adolescentes tiveram parto normal. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 380 mil mulheres com até 19 tiveram filhos em 2020. Confira!

Maternidade na adolescência na Bahia

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no estado, as adolescentes indígenas são as mais afetadas pela maternidade na adolescência.

Essas adolescentes, aliás, são as que menos têm acesso ao acompanhamento pré-natal. Entre as mães indígenas de 15 a 19 anos, apenas 26,6% delas tiveram acesso a consultas pré-natais.

Além disso, a pesquisa aponta que a maternidade na adolescência é maior na região Norte e Nordeste do Brasil.

De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado (SEI), 1,3 mil adolescentes com menos de 14 anos se tornaram mães em 2022 na Bahia.

Esse número representa que, a cada 1.000 adolescentes de 10 a 19 anos, 24 delas se tornaram mães em 2022 na Bahia.

Nos últimos anos, a gravidez na adolescência tem caído no Brasil. No entanto, as taxas de maternidade entre adolescentes continuam altas no país.

De acordo com a doutora em Saúde Pública Dandara Ramos, a maternidade na adolescência atinge todas as classes sociais, desde meninas de baixa renda, até brancas de altas classes. Porém, a desigualdade pode ser notada nos grupos de maior vulnerabilidade social.

Além disso, as meninas de classes baixas sentem o peso com a chegada da maternidade na adolescência, com a perda de direitos como estudar e construir uma carreira no mundo do trabalho.

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