Inmet faz alerta para o sertão de Pernambuco; temperaturas vão subir até 38 °C

Até pelo menos esta quinta-feira (24), municípios situados no Sertão de Pernambuco estão prestes a enfrentar uma onda de calor que poderá elevar as temperaturas em até 5 °C acima do padrão médio. O alerta, categorizado como nível amarelo, provém do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Paralelamente, um segundo comunicado meteorológico do mesmo instituto, classificado como nível laranja, prevê que as altas temperaturas permanecerão em certas localidades do extremo oeste do estado até a próxima segunda-feira (28).

Segundo informações emitidas pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), os termômetros na região poderão atingir até 36 °C nesta quarta-feira (23). Em relação a Petrolina, as projeções do Inmet apontam para uma máxima de 38 °C no próximo domingo (27).

Previsão é de altas temperaturas

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) antecipa que a predominância de temperaturas elevadas, clima seco e níveis reduzidos de umidade permanecerão praticamente inalterados durante toda a semana, abrangendo a maior parte do país, especialmente áreas centrais e interiores da Região Nordeste.

A emissão de alerta abrange cidades em todos os estados do Nordeste, com exceção de Alagoas e Sergipe, nomeadamente Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia. Adicionalmente, o Inmet reitera que as condições de calor apresentam um risco leve à saúde e, caso necessário, os moradores das áreas afetadas devem entrar em contato com a Defesa Civil.

Conforme relatado à Agência Brasil em uma entrevista, o meteorologista Heráclio Alves do Inmet compartilhou que as elevadas temperaturas registradas durante este mês excederam as previsões para um inverno que já era projetado como mais quente em comparação com anos anteriores.

Fim do inverno

O meteorologista frisa, no entanto, que é necessário aguardar o término do inverno para estabelecer uma comparação mais sólida com os períodos correspondentes de anos anteriores. Heráclio Alves também enfatiza que as altas temperaturas vigentes não estão diretamente relacionadas ao fenômeno natural El Niño.

Esse fenômeno induz o aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico e, consequentemente, ocasiona alterações climáticas em determinadas áreas da América do Sul. “Por enquanto, só faremos a análise no final do fenômeno e vamos comparar com outros anos que tiveram também a ocorrência do El Niño para atestar se houve mesmo alguma relação com as temperaturas mais intensas”, disse.

Imagem: Reprodução/Zuk Blog