Projeto de usina em praia de Fortaleza ameaça acabar com a internet no Brasil
Uma usina do estado do Ceará deve efetuar um projeto que pretende transformar a água do mar em potável. No entanto, as empresas telefônicas estão receosas de que a operação acabe rompendo cabos submarinos fornecedores de internet para o Brasil. O governo estadual defende a realização da obra.
Saiba mais detalhes sobre a situação.
Recomendação da Anatel acabou provocando a paralisação do projeto
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu uma recomendação contrária ao projeto de dessalinização nas praias da capital Fortaleza, no estado do Ceará. Isso porque, com o rompimento dos cabos de fibra ótica, todo o território brasileiro pode ficar off-line ou então com a internet bastante lenta.
Desse modo, com a recomendação, a obra está paralisada e a entrega da usina deve sofrer um atraso de seis meses. Inicialmente, a previsão era que o projeto ficasse pronto e começasse a funcionar em 2025. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) é a responsável pela construção.
Vale ressaltar que Fortaleza é a cidade brasileira que recebe os cabos de fibra ótica diretamente do continente europeu. Da capital cearense, os fios são levados até o Rio de Janeiro e São Paulo, e, assim, garantem conexão rápida à internet. A escolha do município se dá por ser o mais próximo da Europa.
Nesse sentido, de acordo com a Anatel, os cabos de Fortaleza são responsáveis por 99% do tráfego de dados do país. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, na última quarta-feira (27), afirmou que “o Ceará, em especial a cidade de Fortaleza, é que garante a interconexão do Brasil com o resto do mundo”.
Já em relação à obra, a expectativa é que aumente em 12% a oferta de água na Grande Fortaleza. Além disso, para a construção da usina de dessalinização, haverá investimentos de cerca de R$ 3,2 bilhões.
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Imagem: Divulgação/EllaLink