Tapioca poderá se tornar Patrimônio Cultural de Pernambuco; entenda

Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), está em curso a análise de um projeto de resolução com o propósito de conferir à tapioca o título de Patrimônio Cultural Imaterial do estado.

O conteúdo desse projeto, elaborado pelo deputado Eriberto Filho, foi divulgado na edição desta sexta-feira (4) do Diário Oficial do Poder Legislativo.

O legislador justifica sua iniciativa, argumentando que a tapioca deve ser amparada pelo Sistema Estadual de Registro e Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial. Ele afirma que “é de fundamental importância proteger e preservar nossos bens, memórias, práticas culturais e nossos costumes”.

Cultura da tapioca

Os bens culturais de caráter imaterial abrangem aquelas práticas e esferas da convivência social que se manifestam através de conhecimentos, habilidades e métodos de execução; celebrações; formas de expressão artísticas, plásticas, musicais ou recreativas; assim como nos espaços (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).

O deputado ressalta que a tapioca possui raízes profundas em Pernambuco, onde várias instituições se dedicam à preservação da cultura popular relacionada a esse alimento. Para ele, não há margem para questionar que a tapioca representa um patrimônio cultural intangível do povo pernambucano, merecendo a proteção legal e o reconhecimento tanto da sociedade quanto de seus representantes.

O percurso do projeto continuará seu trâmite na Alepe e, a fim de entrar em vigor, será submetido à votação pelos deputados, seguida pela sanção ou promulgação.

Outros patrimônios

Bolo Souza Leão, cachaça, cartola e bolo de rolo são exemplos de Patrimônios Culturais Imateriais de Pernambuco que já receberam reconhecimento. Já em 2006, a Prefeitura de Olinda, em colaboração com o Conselho de Preservação do Sítio Histórico, conferiu à tapioca o status de patrimônio imaterial e cultural da cidade.

O patrimônio imaterial é transmitido de uma geração à seguinte, em constante recriação pelas comunidades e grupos, moldado por seu entorno, interação com o meio ambiente e trajetória histórica. Esse processo gera um vínculo de identidade e continuidade, contribuindo para fomentar o respeito à diversidade cultural.

Imagem: Reprodução/Tudo Receitas