Trabalhadores fazem alerta e podem parar atividades a qualquer momento no Pará

O Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) emitiu uma nota informando que os profissionais de enfermagem do estado podem interromper suas atividades a qualquer momento devido à votação indecisa sobre o pagamento do piso nacional da categoria no Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (30).

Em consonância com o Fórum Nacional e Estadual da Enfermagem, o Coren-PA reforça que, em uma assembleia geral, os profissionais decidiram aderir ao Estado de Greve. Essa medida indica que a categoria está vigilante em relação ao andamento da demanda e pode parar novamente suas atividades a qualquer momento.

Entenda mais

Na última sexta-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o processo de julgamento do Piso Salarial da Enfermagem, referente à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222, que teve início em junho de 2022.

O setor privado e o setor público receberam autorização para implementar o piso salarial, com datas de vigência diferentes: 1º de junho para o setor privado e 15 de maio para o setor público.

No entanto, o pagamento dos novos valores ainda está pendente, o que tem gerado insatisfação entre os profissionais em vários estados do país, incluindo o Pará.

O processo está em julgamento no plenário virtual da Corte e, na semana passada, houve continuação das deliberações após dois pedidos de vista devido às divergências apresentadas pelos ministros em relação à operacionalização do pagamento.

Manifestações

Recentemente, houve manifestações realizadas por profissionais da área em busca da liberação dos recursos destinados aos estados e municípios para o pagamento do piso salarial da categoria.

Além disso, as reivindicações incluem melhores condições de trabalho e a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR) específico para a enfermagem.

No último sábado (1), a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Pará (COREN/PA), Danielle Cruz, fez um pronunciamento destacando que a categoria continua atenta: “A partir daí mantém-se em estado de greve, ou seja, a categoria mantém-se vigilante e deixa como recado que a qualquer momento pode ser deflagrada uma greve. Ou seja, a qualquer momento podemos voltar a grevar”.

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