Ceará já teve vulcões? Saiba mais

De acordo com as pesquisas científicas realizadas por geólogos brasileiros e estrangeiros, há indícios de que o Ceará já teve vulcões em seu território.

Foi possível chegar a essa conclusão depois da análise de rochas encontradas no município de Forquilha, no leste do Estado.

Saiba mais informações a seguir.

Vulcões no Ceará

O geólogo Ticiano dos Santos estuda a movimentação dos grandes blocos há 36 anos, o que lhe permitiu reconstruir o que aconteceu há cerca de 600 milhões de anos em parte das regiões Nordeste e Centro-Oeste no país.

A partir de uma rocha encontrada em Forquilha e coletada por Santos e sua equipe, foi possível encontrar um elemento chamado coesita. Segundo o geólogo Benjamin Bley, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), encontrar coesitas é uma raridade no mundo inteiro.

“Cientificamente, com os eclogitos, que também são raros, reforça os estudos sobre a correlação geológica entre o nordeste do Brasil e a África norte-oriental, que já estiveram unidos.”, comentou à Revista Pesquisa FAPESP.

Outras evidências encontradas pelos geólogos comandados por Santos são as que havia vulcões em lugares do Ceará que hoje são planos e algumas serras, como a de Baturité, ao sul de Fortaleza, e a de Maranguape, próxima à capital.

Foi possível reconstruir a paisagem com os elementos encontrados nas rochas e as investigações levaram a crer que houve o movimentos dos grandes blocos rochosos, conhecidos como microplacas, e elas colidiram, destruíram-se ou se fundiram, em diferentes épocas. Assim, for formado o continente sul-americano.

Há 640 milhões de anos, Forquilha teve uma cadeia de montanhas como a do Himalaia, de acordo com Ticiano dos Santos. Porém, elas estavam ainda em formação. Outra implicação é que o território em que hoje é a cidade de Sobral já foi divida em dois continentes, com a existência de um oceano chamado Goianides.

Onde encontrar mais informações?

Para saber as últimas notícias do que acontece no seu estado, acesse o portal digiwn.com e não perca nada!

Imagem: Divulgação/IG-Unicamp