Prefeito de Salvador fala sobre violência na Bahia: “Maior problema da cidade”
Durante a cerimônia de abertura da Feira Super Bahia, na noite de terça-feira (11), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), abordou novamente a questão da violência no estado e na capital. Segundo ele, a Bahia é “o estado mais violento do Brasil”.
“Vocês da imprensa conhecem a realidade da segurança pública melhor do que eu. Vocês cobrem diariamente esse e outros assuntos. É o maior problema da cidade de Salvador e de outros centros urbanos, afinal de contas, vivemos no estado mais violento do Brasil”, disse em coletiva.
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Bahia lidera ranking
Pelo quarto ano consecutivo, a Bahia liderou o ranking de mortes violentas no Brasil em 2022, de acordo com dados do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo g1. O levantamento, divulgado em 1º de maio deste ano, utiliza informações oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
No total, foram registradas 5.124 mortes violentas na Bahia ao longo do último ano, englobando casos de feminicídios, homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Esses números representam uma média de 427 assassinatos por mês.
Além disso, as 5.124 mortes violentas na Bahia correspondem a 12,5% de todos os casos registrados no Brasil, totalizando 40.804 ocorrências. Em comparação com 2021, quando foram registradas 5.099 mortes violentas no estado baiano, houve um aumento de 0,5%.
Cenário nacional
Além da Bahia, outros três estados brasileiros apresentaram mais de três mil mortes no último ano: Pernambuco, localizado no Nordeste, registrou 3.420 mortes, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro, ambos na região Sudeste, tiveram 3.316 e 3.141 mortes, respectivamente.
Por outro lado, os estados de Roraima, Acre e Amapá, situados na região Norte do país, apresentaram menor quantidade de registros, com 183, 216 e 226 mortes, respectivamente.
O levantamento dos dados, realizado mês a mês, integra o Monitor da Violência, uma iniciativa conjunta entre o g1, o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Imagem: Divulgação/Governo de Salvador